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( votes)O gaúcho Roberto Linck sempre foi um apaixonado por esportes e principalmente por futebol. Começou a jogar ainda criança, na base do Grêmio em Porto Alegre, e aos 14 anos veio para os Estados Unidos com a família buscando um lugar mais seguro para viver. Em Miami, Linck continuou a carreira de jogador, mas uma lesão o deixou fora dos campos por três anos – e nesse tempo ele descobriu uma nova meta de vida, a de empreendedor. Hoje, o jovem é um empresário bem sucedido, dono do Miami Futebol Clube e do Linck Group, que comporta outras 7 empresas na área de esportes e entretenimento. À Acontece Magazine, ele conta um pouco de sua história nessa entrevista. Confira.
Roberto, de onde surgiu essa paixão pelo Esporte e pelo mundo dos negócios?
Acho que vem de família! Comecei a jogar futebol desde pequeno e meu tataravô Aurelio Py foi fundador da Federação Gaúcha de Futebol e do Grêmio, um dos principais clubes do Brasil. Além disso, minha família criou o Projeto Pescar, um dos maiores projetos sociais do Brasil.
Como aconteceu essa transição de jogador de futebol a dono do Miami Futebol Club?
Na época que jogava, eu sofri uma lesão, em 2011, e pensei que não ia mais poder jogar. Foi um período muito ruim na minha vida. Três anos depois, durante a pré-temporada do meu clube, eu decidi tentar recomeçar e fui bem, consegui voltar a jogar e hoje eu posso entrar em campo e ajudar o meu clube. Joguei 10 jogos e fiz 8 gols neste 1 ano e meio. Na época que eu parei de jogar foi um período bem difícil, eu não sabia o que eu ia fazer em termos de carreira. Eu comecei a trabalhar como intermediário de jogadores, conheci muitas pessoas e acompanhei o Projeto do Fenway Group na compra do AS Roma da Itália. Aprendi bastante e decidi que queria ter um time de futebol. Minha família morava em Miami e não existia nenhum clube de futebol aqui. Então fui atrás de investidores e pessoas que poderiam me ajudar com o clube e criamos o Miami Dade FC (MFC).
O que você trouxe para o MFC? Quais foram as suas conquistas ao se tornar dono do clube?
Em um ano e meio de clube, nós fomos campeões da NAL, fizemos mais de 30 eventos de futebol, incluindo um torneio internacional. Jogamos duas vezes contra o Cruzeiro, que na época era o atual campeão brasileiro. Ganhamos um Prêmio das Nações Unidas pela paz na Colômbia, com mais de 20 mil pessoas no Estádio Metropolitano em Barranquilla.
O que você espera do futebol em Miami? Quais os planos do MFC para este ano?
O futebol em Miami está crescendo muito e logo logo a cidade vai virar uma referência mundial quando se falar de futebol. O ex-jogador da Seleção Brasileira Fabio Simplício e o ex-capitão da Seleção Brasileira e do Real Madrid Emerson se juntaram a mim e hoje são os meu sócios no Miami Dade FC. O Emerson também é dono do Fragata FC no Brasil que é uma referencia na formação de jogadores, com mais de 20 atletas encaminhados a clubes grandes, além de uma parceria com a AS Roma por 5 anos. Estamos construindo a sede do clube em Downtown Miami, com previsão de entrega para o final do ano. E para os próximos anos estamos analisando a construção de um estádio ou talvez um centro de treinamento.
Você é muito jovem e de espírito empreendedor. Que outras empresas e projetos você administra?
A minha empresa, Linck Group, reúne um total de 7 empresas. Estamos investindo bastante no futevôlei. O meu grupo comprou a empresa Pro Footvolley Tour e colocamos o esporte dentro das universidades, além de realizar eventos mensais nas praias. Fechamos contrato com 14 canais de televisão e hoje o Pro Footvolley Tour é veiculado na TV em quase todos os Estados americanos.
E o Ginga Scout em parceria com o jogador Roberto Carlos?
O Ginga Scout é um software que conecta jogadores com treinadores do mundo todo, dando oportunidades para jogadores conseguirem um teste ou uma bolsa de estudos. Está sendo incrível desenvolver esse software junto ao Roberto Carlos, tenho muito orgulho dele, e sei que com o Ginga Scout vamos poder ajudar jogadores pelo mundo todo. O Roberto Carlos está sempre pensando em ideias novas para o software e, agora que ele está de volta ao Real Madrid, vai nos ajudar muito.
Além do trabalho no campo, você também administra a imagem de modelos, artistas e esportistas através da sua agência Conttratta. Quem são eles?
A Conttratta fica aqui em Miami e cuida da imagem de modelos, artistas e figuras do esporte aqui nos Estados Unidos, entre eles a Claudia Alende, que hoje tem quase 4 milhões de seguidores no Instagram e está na lista das 10 modelos que mais faturaram dinheiro no ano passado no mundo em social media, de acordo com o jornal “Daily Mail”. Outros nomes são Edgaras Jankauskas, que hoje é treinador da Seleção da Lithuania; Laura Rizzotto, uma jovem cantora que no ano passado ganhou um prêmio em Brasília no Congresso Nacional pela música dela em homenagem as vítimas de trânsito; e o Emerson, que é uma referência mundial no futebol, com 10 anos jogando e escalado pela Seleção Brasileira pra três Copas do Mundo, além de jogar para times como Real Madrid, AC Milan, Grêmio, Juventus, AS Roma, Bayern e Santos.
Com tantos atributos comerciais, como é sua vida fora do trabalho? O que você gosta de fazer no tempo livre?
Tudo depende do dia, eu gosto de viajar, conhecer lugares novos, sair com os meus amigos e curtir algo com a minha família. Quando tenho um tempo livre, eu procuro ir para Florida Keys fazer esportes aquáticos.
Por Connie Rocha
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