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( votes)A carioca Fabiana Cunha é uma artista intuitiva e autodidata por excelência. Desde muito nova reconheceu na exuberância das tintas e na agudeza branda dos pincéis uma maneira muito própria de estar no mundo e, ao mesmo tempo, abstrair-se dele. Pintou inicialmente apenas por amor à arte, mas aos poucos as telas de Fabiana começaram a ser cobiçadas e atrair compradores.
Desde sua primeira exposição, em 2001, sua arte percorreu países como Eslováquia, República da China, Alemanha, Hungria, Estados Unidos e, naturalmente, o Brasil. E ela conta com 18 exposições individuais e cinco coletivas. Cunha é uma artista com um processo de criação que sempre se revelou caudaloso e ininterrupto, optando pela tinta acrílica, menos tóxica e de secagem mais rápida, suprindo a necessidade eventual de emprestar volume e textura às suas obras, por meio do uso da massa acrílica ou da colagem.
Exímia desenhista e fotógrafa entusiasta, Fabiana já lançou mão de matrizes à mão livre ou eternizadas por sua lente, para trabalhá-las em computador, imprimi-las sobre tela e, só então, interferir com o pincel. Das diversas fases que pontuam seus 17 anos de trajetória profissional, as duas últimas revelam bem como as circunstâncias da vida podem se impor à produção artística.
O pequeno apartamento em que morava em Ipanema resultou em uma extensa série, em pequenos formatos, marcada por mosaicos multicoloridos ao fundo, que a levavam a consumir dias e dias na busca obstinada pelo equilíbrio entre cor e forma.
Há cinco anos Fabiana vem fazendo a ponte aérea entre o Vale do Bonfim, região serrana do Rio, e Miami, pontificando agora os grandes formatos e as telas invadidas por folhagens típicas da Mata Atlântica. No momento, a artista vem deixando sua marca no mercado de Miami e Nova York, vendendo suas obras a colecionadores e hotéis de luxo, além de ter participação em duas mostras de arte importantes em Miami. Uma delas, a exposição nas feiras “Red Dot” e “Spectrum”, durante a semana do Arte Basel, que aconteceu no final do ano passado em South Beach.
Por Jade Matarazzo
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