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Epidemia de coqueluche: Brasil e EUA reforçam prevenção

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Epidemia de coqueluche na França leva Brasil e Estados Unidos a se prepararem para eventual surto da doença

Por: José Luchetti

Teste molecular é um dos mais procurados para o diagnóstico, pela precisão e rapidez com que apresenta o resultado

O aumento do fluxo de brasileiros que viajam para a França por causa da Olimpíada pode aumentar o risco de um surto de coqueluche tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. As autoridades e os laboratórios de análises em ambos os países já se preparam para essa eventualidade. Nos Estados Unidos, onde muitos brasileiros residem e frequentemente viajam de volta ao Brasil, e com o fluxo de turistas e americanos para países como França e Bolívia, a atenção também é redobrada.

Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estão intensificando os esforços de vacinação, especialmente entre os atletas americanos que irão participar das Olimpíadas de 2024 em Paris. Além disso, clínicas pediátricas e especializadas, como as da UC Davis, estão garantindo que os pacientes estejam com as vacinas em dia e realizando testes para diferenciar a coqueluche de outras infecções respiratórias​.

Os laboratórios de análises clínicas no Brasil já estão abastecidos com testes moleculares de amostra única para o diagnóstico da doença, enquanto o Ministério da Saúde recomendou a vacinação dos 277 atletas classificados para os Jogos e também das pessoas que planejam viajar para a Europa. Nos Estados Unidos, recomenda-se que brasileiros que pretendem visitar a França ou o Brasil também estejam atentos à necessidade de vacinação e à possibilidade de realização de testes.

Segundo o European Centre for Disease Prevention and Control, nos três primeiros meses do ano foram registrados mais de 32 mil casos de coqueluche em 17 países europeus. Relatório da Santé Publique da França confirma a situação epidêmica no país, com cinco mil casos e 17 mortes apenas este ano.

O risco da coqueluche no Brasil é maior devido à queda na cobertura vacinal nos últimos anos e ao surto na Bolívia, que no ano passado atingiu 693 pessoas. Em São Paulo, o número de casos saltou de 14 no ano passado para 165 este ano, e o Rio de Janeiro também registra três vezes mais casos que em 2023.

“Como em todas as doenças, o diagnóstico precoce é extremamente importante”, lembra o biólogo Guilherme Ambar, CEO da Seegene Brasil, cujo teste molecular é um dos mais procurados para o diagnóstico, pela precisão e rapidez com que apresenta o resultado. Segundo Guilherme Ambar, o teste é essencial porque os sintomas da coqueluche podem ser confundidos com os de um resfriado, como mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. O tratamento com antibiótico evita a evolução da doença e as complicações que podem levar à morte, especialmente em pacientes com menos de seis meses.

Quando não tratada adequadamente, a tosse se torna severa e descontrolada, por isso o nome popular da doença, ‘tosse comprida’. A coqueluche pode comprometer a respiração, levando a paroxismos de tosse, quando o esforço para respirar com a glote inchada provoca o ‘guincho’ característico.

A vacinação que evita a doença e o tratamento adequado eliminam o risco dessa perigosa doença, conclui Guilherme, lembrando a Nota Técnica emitida pelo Ministério da Saúde no início de junho. O documento, observando a situação na Europa, alerta que uma situação semelhante pode ocorrer no Brasil e, consequentemente, afetar tanto brasileiros que residem nos Estados Unidos quanto aqueles que viajam frequentemente entre os países.

Legenda da foto: Testes para coqueluche da Seegene resfriados a -20 graus Celsius

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