Entrevistas Programe-se

Entrevista com Jorge Fernando, diretor-geral de “Êta Mundo Bom!”

Sending
User Review
0 (0 votes)

A novela fala de otimismo. Como você leva esse clima para o set de gravação?
Estou lidando com um tema em que acredito. A gente precisa valorizar cada momento, como dormir e acordar bem. Temos que agradecer, celebrar e contribuir para um mundo melhor. É com esse sentimento que eu entro no set para gravar todos os dias, para trabalhar com as equipes e dirigir o elenco. O clima tem sido de prazer, harmonia e energia positiva, o verdadeiro “Êta Mundo Bom!”.
Qual a principal diferença em dirigir novela de época?
As peculiaridades das tramas. Você pode brincar com alguns recursos que nas novelas atuais não cabem mais, como as cartas. Não é a mesma coisa guardar um e-mail (risos). E a linguagem é uma delícia. Tem mais o “por favor”, o “com licença” e o “obrigado”. Antigamente o cotidiano era mais simples. Não aconteciam tantas coisas, as pessoas paravam e ouviam a radionovela, por exemplo. É um outro ritmo e isso desperta um saudosismo.
Qual foi a maior dificuldade de gravar pelas ruas de São Paulo?
Minha ideia no início era gravar a novela toda em cidade cenográfica, estúdio e algumas externas no Rio, mas percebi que tinham cenas que eu deveria gravar em São Paulo porque poderia comprometer o resultado final. Foi trabalhoso, precisei tirar ar-condicionado, os prédios mais modernos, por exemplo. E aconteceu uma das coisas mais engraçadas da minha carreira. Surgiram 1.500 zumbis por conta de uma passeata. Eles invadiram a ponte do viaduto Santa Ifigênia, foi hilário. Se estivesse fazendo uma novela atual não tinha coisa melhor para acontecer. Nesse caso, sentei e esperei (risos).
Como foi o processo de preparação do elenco?
Fizemos várias leituras. O núcleo do Taxi Dancing, que é um cenário muito presente na trama, teve aulas de dança. Os atores aprenderam bolero, tango, charleston, entre outros ritmos. Os personagens que têm sotaque caipira tiveram várias aulas de prosódia.
O que você pode adiantar sobre a trilha sonora?
A trilha é composta principalmente dos sucessos mais tocados nos anos 40. Músicas originais na voz de Ângela Maria e Emilinha Borba, por exemplo, e regravações com artistas contemporâneos, como Paula Fernandes e a dupla Victor e Léo. A música de abertura é ‘O sanfoneiro só tocava isso’, uma das mais executadas na época. É uma versão da banda Suricato, que ficou incrível.
O que o público pode esperar de Êta Mundo Bom!?
A novela traz grandes histórias de amor, vilanias, comédia, todos os ingredientes de um bom melodrama. Além disso, tem o tom caipira, a ingenuidade, as músicas da época. É uma história agradável de ver, de comentar. Temos personagens adoráveis e um elenco primoroso.

 

Sobre o Diretor:
Jorge Fernando é ator, diretor e dramaturgo. Começou sua carreira na Globo como ator, em 1978. Como diretor, seu primeiro trabalho foi ‘Jogo da Vida’, com Silvio de Abreu. Depois vieram ‘Guerra dos Sexos’, ‘Cambalacho’, ‘Que Rei sou Eu?’ e ‘Rainha da Sucata’, entre outros. Da parceria com Walcyr Carrasco, fez ‘Chocolate com Pimenta’, ‘Alma Gêmea’, ‘Sete Pecados’ e ‘Caras e Bocas’. Além de seus trabalhos na televisão, Jorge Fernando fez carreira no teatro e no cinema. Entre seus maiores sucessos nos palcos estão ‘No Escurinho do Cinema’, ‘Os Duelistas’, ‘Pequeno Dicionário Amoroso’ e ‘Boom’, espetáculo em que o artista canta, dança e se transforma em vários personagens. Nas telas, dirigiu ‘Sexo, Amor e Traição’ e ‘A Guerra dos Rocha’, entre outros. Em 2012, levou para o teatro ‘Salve Jorge’, um espetáculo autobiográfico que reúne histórias vividas por ele no teatro, no cinema e na TV.

 

(Foto: Globo / Paulo Belote)

Advertisement

Agenda de Eventos Acontece

Taxa de câmbio

Taxas de câmbio USD: ter, 16 abr.

Advertisement

Advertisement

Categorias

plugins premium WordPress

You cannot copy content of this page