Claudia Souto
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Entrevista com Claudia Souto, autora de Pega Pega

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Claudia Souto está na Globo há 25 anos. Foi colaboradora de todas as tramas de Walcyr Carrasco no horário das 19h e também integrou o time de colaboradores de Daniel Ortiz. Na linha de shows, escreveu para diversos programas humorísticos, entre os quais ‘Casseta & Planeta, Urgente!’ e ‘Sai de Baixo’; e também para os infantis ‘TV Colosso’ e ‘Bambuluá’. ‘Pega Pega’ é sua primeira novela solo.

“Pega Pega”, é a nova novela da Globo Internacional, repleta de suspense, ação e muito humor, a trama é ambientada no Rio de Janeiro e traz como ponto de partida um roubo realizado no hotel Carioca Palace. Enquanto a polícia tenta solucionar o crime e prender os culpados, romances são postos à prova, relações de amizade e familiares se fortalecem e os personagens enfrentam dilemas éticos

Como está sendo a experiência de escrever sua primeira novela autoral?
A grande diferença é poder colocar minha personalidade no texto. Poder explorar situações, sentimentos, dar vazão à imaginação por uma ótica totalmente pessoal. Costumo dizer que vivo de criar mundos imaginários e pessoas que não existem, mas, a partir do momento que esses personagens atravessam a tela e entram na casa das pessoas, eles passam a existir na vida do público. Acredito que uma história dá certo quando o público quer ser amigo dos personagens, e, para isso acontecer, os personagens têm que tocar o público pela emoção, mesmo numa comédia. E é assim que eu me expresso: pela emoção.

Conte sobre a parceria com o diretor Luiz Henrique Rios.
Estamos numa parceria bem afinada, contando uma história juntos. Ao mesmo tempo que levo um universo novo e fresco, o Luiz me traz uma concretude, um questionamento que é estimulante. Esta afinação vem lá do início, quando começamos a conceituar a obra, tirando dúvidas sobre personagens e tramas. Eu compartilhei com ele os segredos da novela e, por conta disso, ele sabe o que estou pensando lá na frente. Isso possibilita um planejamento seguro para a realização dos voos que queremos dar, tanto para a história que imagino quanto para a leitura que ele faz dela.

De onde surgiu a ideia de um hotel de luxo ser o cenário principal da trama?
Eu procurei um lugar que fosse comum a várias classes sociais, desde o trabalhador mais humilde ao milionário, local que ambos frequentassem, um ambiente que proporcionasse esta integração entre diferentes pessoas. Encontrei no hotel esta reunião de pessoas que ficam e de pessoas que passam. Sem falar que também possibilita participações que podem interferir na vida dos personagens.

Fale um pouco da construção do casal Eric e Luiza.
Eles se encontram num amor genuíno e inesperado. Eric redescobre o amor nos braços de Luiza, que vem lhe dar força num momento em que ele precisa demais. Mas, diante dos acontecimentos, Luiza se decepciona com esse homem, e cresce nela a ideia de querer construir algo para si. Eric, por sua vez, carrega uma tristeza pela morte da mulher, que se reflete tanto na vida da filha quanto na sua relação de pai. Quando ele encontra Luiza, Eric recebe amor e passa a saber demonstrar este sentimento, o que provoca consequências positivas inclusive na sua relação com a filha.

Você é tijucana, tem um histórico de humor nos seus trabalhos e já trabalhou com teatro de bonecos. Os temas familiares ajudam na construção da história?
Isso me facilita, claro, porque posso explorar personagens e situações novas, mas dentro de um contexto familiar, o qual domino. Os bonecos, por exemplo, sempre estiveram na minha vida, seja no teatro ou na TV, onde escrevi para diversos infantis nos quais os bonecos brilhavam.

E você acha que esta familiaridade, pode aproximar o público da trama?
Acho que sim. São universos afetivos, e quando você tenta tocar o público com afeto, o público se identifica, se sente acolhido.

A ética é tratada na novela de uma forma leve, divertida, sem sermão. Para você que é humorista fica mais fácil?
Pelo fato de minha origem na TV ser de humorista, estou num lugar confortável. O humor permite tocar nas feridas da sociedade, encontrando o que há de risível, sem deixar de fazer a crítica. Daí eu tiro a leveza e a comicidade.

O que o público pode esperar da novela?
Diversão, em primeiro lugar. E também emoção, porque os personagens são muito humanos, todos transitam numa gama muito rica de sentimentos, todos podem estar numa situação cômica e passar a uma trama dramática, e vice-versa. Afinal, é isso o que acontece com todos nós: podemos ser ridículos numa situação e trágicos em outra. Isso é humano e é a condição humana que me interessa sempre.
Foto: Globo

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