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Crônica da semana: EM DEFESA DA IGUALDADE

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Por Nilson LattariMuito se fala sobre igualdade. Muito mesmo. Fala-se tanto que a igualdade já deve estar de saco cheio. É como aquele amigo que todo mundo diz que vai chamar pro churrasco, mas nunca aparece. Igualdade virou tipo dieta: todo mundo apoia, mas, na prática, é tipo fiado, só amanhã.

Agora imagine comigo: e se, por um capricho do universo ou uma falha no sistema (tipo bug de videogame), a gente inventasse uma geringonça – talvez um “Igualador 3000” – que desse a todo mundo: famílias estáveis, boas escolas, curso de inglês grátis e até Wi-Fi que não cai? Ia ser lindo, né?

Lindo… e assustador para alguns. Porque pensa comigo: se todo mundo tiver as mesmas oportunidades, os gênios escondidos nos cantinhos do mundo finalmente vão aparecer. E aí? Como é que o pessoal do “meu mérito, minha vida” vai competir quando o menino do interior, que fazia conta de cabeça com palito de fósforo, entra na disputa com as mesmas ferramentas?

É fácil ser campeão quando só você tem chuteira, né?Mas calma, não vamos nos desesperar. Esse cenário é só uma simulação. Afinal, na realidade, muita gente continua achando que “é só se esforçar” mesmo quando a competição parece mais um 

The Hunger Games em versão brasileira: sem patrocínio, com transporte público e coxinha de posto.

Agora, sejamos sinceros. Tem gente que acha igualdade um conceito meio radical. Porque pensa: se todo mundo tiver as mesmas chances, como é que eu vou me sentir especial só por ter feito intercâmbio e aprendido a pedir café em francês? Como vou manter o ar de “pessoa de sucesso” se todo mundo puder ser bem-sucedido também?

Aí entra o dilema: igualdade parece linda… até ela bater à porta da sua vaga de privilégio. É como convidar todo mundo pra festa e descobrir que o espaço não comporta tanta gente no camarote.

E não vamos nem entrar no mérito de quem acha que “genialidade tem endereço certo”. Porque, convenhamos, achar que inteligência escolhe cor, CEP ou sobrenome é o tipo de bobagem que só se explica com um Wi-Fi muito fraco ou um histórico escolar bem sofrido.

A verdade? O mundo perde quando bloqueia talentos só porque vieram com pacote econômico e sem pedigree. Vai que o próximo Einstein tá ali, vendendo bala no semáforo? Mas como ninguém deu chance, a humanidade vai continuar sofrendo e culpando o horóscopo.

No fim das contas, a igualdade é um pesadelo… mas só pra quem acha que dividir espaço é perder brilho. Já a desigualdade, essa, sim, tira o sono de geral.

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