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Cinco mitos sobre meio ambiente e sustentabilidade

Professores decifram o que é fato e o que é fake e esclarecem algumas dúvidas do universo da sustentabilidade.
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A população mundial atingiu a marca de oito bilhões de pessoas em 15 de novembro de 2022, segundo dados do relatório World Population Prospects 2022 da Organização das Nações Unidas (ONU). O número representa um desafio para o planeta, já que, com o aumento populacional, aumentam também os impactos humanos sobre a Terra. As decisões diárias tomadas pelos indivíduos, seus atos e escolhas perante a cadeia do consumo têm relação direta com a subsistência planetária.

Para sobreviver, precisamos consumir, e cada produto ou bem adquirido requer a utilização de muitos recursos naturais para sua produção e distribuição. Toda e qualquer manufatura, cada alimento, tudo necessita de pelo menos água, energia, força de trabalho, matérias-primas e transporte, que muitas vezes é baseado na queima de combustíveis fósseis, outro fator degradador do planeta.

E se o consumo é peça-chave para a conservação do planeta, hoje em dia já não é mais suficiente pensar em adquirir produtos não-poluentes e atóxicos. É necessário frear o consumo, pois qualquer coisa adquirida sempre vai demandar extrações de recursos naturais.
O próprio termo “recursos naturais” é pauta de discussão e reflexão, pois carrega a prerrogativa que o planeta está aqui para nos servir, e a velocidade que estamos extraindo essas energias ultrapassa a própria capacidade regenerativa da Terra.

As Escolas Politécnica e Jurídica do Centro Universitário Internacional UNINTER, por meio dos professores Augusto Lima da Silveira e Guilherme Lemermeier Rodrigues, discutiram os mitos acerca da sustentabilidade tentando decifrar o que é fato e o que é fake em relação a alguns tópicos polêmicos que cercam esse assunto. Para o professor Augusto, muitas vezes, influenciados por campanhas de marketing e publicidade, acreditamos que determinadas atitudes contribuem com o meio ambiente por escolher produtos ditos sustentáveis e ambientalmente corretos.

Algumas ações propagadas como corretas do ponto de vista ambiental na realidade são mitos, porque geram danos colocando em risco nossa sobrevivência enquanto espécie. Os professores desmitificaram cinco deles:

Mito 1: Embalagem reciclável é mais sustentável.

Produtos com embalagens recicláveis nem sempre são mais sustentáveis. O foco na realidade deve ser a diminuição do consumo de embalagens, ou melhor sua não geração. “Mesmo que a embalagem seja feita a partir de resíduos de mandioca, por exemplo, algo super sustentável, se não diminuirmos o consumo de embalagens, o meio ambiente mesmo assim vai estar sobrecarregado devido à toda a cadeia produtiva e logística que demanda qualquer tipo de produção. Até pensar gera impacto ambiental, para pensar você precisa da energia que vem dos alimentos, que por sua vez também consomem recursos naturais”, ressalta Augusto.

MITO 2: O plástico leva de 400 a 450 anos para se decompor

Conforme Augusto, isso é uma previsão, que é realizada em ensaio laboratorial pois o plástico foi criado há 160 anos e não se sabe ao certo sobre sua decomposição. “O que se sabe sobre esse material é que ele se quebra em pequenos pedaços, as evidências científicas ainda são poucas, mas apontam que os microplásticos em contato com os seres vivos causam sérios problemas de ordem natural e de saúde, como alteração na reprodução e desova de peixes, e nos seres humanos, problemas de ordem reprodutiva, como câncer de ovário”, destaca.

MITO 3: Queimar resíduos é melhor que descartar

A queima de resíduos libera uma série de substâncias nocivas ao meio ambiente. Um dos mais discutidos é o CO2, que agrava substancialmente o aquecimento global, mas ainda assim não é o mais prejudicial. “O [CO2] já é causa de grandes problemas climáticos no futuro. Outra questão são as dioxinas, que são liberadas na queima dos plásticos, substâncias altamente cancerígenas e tóxicas. E um detalhe que não podemos esquecer, é que essa prática também um crime ambiental”, diz ele.

MITO 4: Pilhas, baterias, óleo de cozinha e medicamentos podem ser destinados em lixo comum

Como esses materiais são potencialmente poluidores, Augusto orienta a procurarmos pontos de entrega voluntária ou realizar a logística reversa, entrando em contato com os fabricantes. Na maioria dos estados dos EUA, é ilegal jogar fora baterias recarregáveis no lixo. Elas devem ser levadas até centros de reciclagem de baterias.

MITO 5: Lavar os resíduos antes do descarte é desperdício de água

Augusto esclarece que é muito importante a limpeza dos resíduos recicláveis antes do descarte, mas utilizando águas de reuso. “Podemos lavar os resíduos juntamente com nossa louça, e a água desse enxague já faz essa limpeza. Resíduos sujos inviabilizam a reciclagem”, lembra ele.

Viver mais com menos é o desafio da nossa geração. Precisamos refletir sobre nossos próprios atos de consumo, buscando a suficiência e não o excesso, além de compreender quais são as atitudes que efetivamente são corretas perante os impactos ambientais que realizamos todos os dias.


Sandy Lylia da Silva é estudante do curso de Jornalismo do Centro Universitário Internacional Uninter, um dos maiores grupos do segmento educacional e uma das únicas instituições de educação a distância do Brasil credenciada com nota máxima pelo Ministério da Educação (MEC). Sediado em Curitiba (PR), já formou mais de 550 mil alunos e, hoje, tem mais de 500 mil estudantes ativos. Fora do Brasil, o Centro Universitário Internacional UNINTER oferece mais de 200 cursos de graduação e pós-graduação EAD para brasileiros, com polos de apoio presencial localizados em Atlanta, Boston, Fort Lauderdale, Houston, Miami, Newark, Orlando, Salt Lake City e Washington-DC, nos Estados Unidos; Lisboa e Porto, em Portugal; Londres, Inglaterra; Milão, Itália; Madrid, Espanha; e em Nagoya e Toyohashi, Japão.  1-833-605-1255 | uninteramericas.com

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