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Carlos Marsi: “Adoro as concepções modernas com pinceladas clássicas e de estilo”

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O arquiteto Carlos Marsi é natural de Santo André (SP) e formado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Belas Artes, localizada no prédio onde hoje existe a Pinacoteca de São Paulo, projeto grandioso de Ramos de Azevedo, referência arquitetônica no coração da cidade. Atualmente, ele reside entre São Paulo e Brescia (cidade próxima a Milão), na Itália, e realiza trabalhos em diferentes pontos do mundo, entre eles Miami, onde tem parcerias com diversas empreiteiras da Flórida. Conheça um pouco mais sobre a trajetória de Carlos Marsi, nesta entrevista para a editoria Decor da Acontece Magazine.

Marsi, como você ingressou na área de design de interiores? Teve influência da família?
Acho que o meu amor pela arquitetura e pelo design de interiores remonta à minha infância. Um casal de portugueses, amigos dos meus pais, trouxeram de presente para eles um livro de casas portuguesas, projetadas por renomados arquitetos. Aquele foi um momento mágico. Eu me lembro de ter ficado dias seguidos, por várias horas, admirando todas as fotografias. A partir de então, passei a desenhar casas imaginárias para famílias igualmente imaginárias. Projetava os espaços e os móveis. O meu avô sempre me comprava revistas de arquitetura e decoração e uma professora do primário me deu as primeiras noções de desenho técnico e perspectiva. E assim foi sendo construído o desejo de estudar arquitetura.

Qual o seu estilo de design?
Difícil definir um estilo. Talvez eu seja eclético, pois adoro as concepções modernas com pinceladas clássicas e de estilo. Para mim, esta mistura é contemporânea e sofisticada. Mas, respeito muito o cliente que é – e sempre será – o destinatário final de nosso trabalho. E é justamente por isso que dedicamos muito tempo em nosso escritório em reuniões prévias com os clientes. Para mim, um design bem planejado tende a ser atemporal. E os exemplos não são poucos: Philippe Starck, Le Corbusier, Ray and Charles Eames, Patricia Urquiola, entre outros.

Fale um pouco dos seus três escritórios: São Paulo, Miami e Lisboa.
O início foi há seis anos, aproximadamente. Coincidiu com a compra maciça de imóveis em Miami por brasileiros. Alguns clientes do nosso escritório – Urban Arquitetos – nos procuraram para o projeto de design de interiores dos apartamentos recém-adquiridos naquela cidade. Os projetos foram, então, desenvolvidos em nosso escritório em São Paulo e executados por empresas parceiras norte-americanas. O movimento crescente nos levou ao estabelecimento de uma parceria com um escritório nos EUA. Os trabalhos em Portugal seguem a mesma dinâmica. Clientes nossos nos procuram para desenvolver os projetos arquitetônicos e de design de interiores dos imóveis adquiridos em diferentes pontos de Portugal, mas especialmente em Lisboa. Também formalizamos uma parceria com um escritório sediado naquela cidade, porém, com atuação em todo o país. Estamos em processo de fusão entre o escritório brasileiro e os estrangeiros, criando um único grupo. Um grupo com atuação internacional para atender, inicialmente, esta demanda crescente do próprio mercado brasileiro.

Quais os projetos atuais em Miami?
Temos vários projetos de design em diferentes condomínios, desde Coral Gables até Sunny Isles. Toda a região do sul da Flórida se beneficiou enormemente com o boom imobiliário dos últimos anos, passando praticamente incólume pela grave crise de 2008. De todas as regiões, é em Sunny Isles que percebemos os sinais mais evidentes deste movimento. São diversos os empreendimentos de altíssimo padrão. Estamos com uma atuação muito forte nesta região e contamos com a parceria das melhores empreiteiras da Flórida.

Qual o grande diferencial entre os estilos das três cidades?
São três cidades cosmopolitas, cada qual com sua identidade cultural. São Paulo é uma cidade vibrante, urbana e intensa. O paulistano tem o costume de receber os amigos e de compartilhar o seu espaço. Há, portanto, uma grande preocupação com o living e as demais áreas que se integram para formar um grande espaço de lazer e para a confraternização da amizade. Miami também é uma cidade vibrante, mas com um colorido todo especial. O mar integra o espaço urbano, compondo cenários fantásticos e únicos. Muito embora os projetos sejam dirigidos por uma maior descontração, não se abre mão da sofisticação e da modernidade, marcas muito próprias da cidade. Lisboa é uma cidade colorida e de fortes tradições. Para mim, não há cidade no mundo que se possa comparar a Lisboa. Os projetos exigem um olhar especial para as tradições, sem que isso implique renúncia à modernidade.

Para os projetos em Miami, você faz parcerias com lojas, artistas e outros profissionais?
Sim, com certeza. O design brasileiro é incomparável, seja por conta de sua inconfundível criatividade, seja por força de suas raízes multiculturais. É um design que encontra uma grande receptividade no mercado norte-americano e especialmente em Miami. Aliás, nos últimos anos Miami tem se notabilizado por uma efervescência cultural que é herdeira do intenso movimento migratório da comunidade latino-americana. Há uma multiplicidade de galerias, museus e eventos que abrigam um design contemporâneo e de vanguarda. Não são outras as razões que levaram ao sucesso de artistas plásticos e de conceituadas lojas de mobiliário brasileiro como a Artefacto, Ornare e Ovoo.

Que mensagem você deixaria para os nossos leitores que pensam em ingressar em uma carreira como a sua?
Gostaria de deixar uma mensagem positiva para os que hoje iniciam a carreira na arquitetura e no design de interiores. Respeitem o cliente acima de tudo e acreditem na criatividade brasileira. O resto é regado por amor, paixão e dedicação.

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