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Mais concorrência para tirar América Latina e Caribe da estagnação

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Fonte: ONU News

Em um novo relatório divulgado nesta quarta-feira, o Banco Mundial destaca a necessidade premente de mais concorrência para revigorar as economias da América Latina e do Caribe, visando superar a estagnação econômica na região. O estudo revela uma estimativa de crescimento econômico para o Brasil em 2024 de 1,7%, uma queda em relação aos anos anteriores, e números similares são previstos para a região como um todo.

De acordo com os dados apresentados pela equipe liderada pelo economista-chefe para a América Latina e o Caribe, William Maloney, a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para a região em 2024 é de 1,6%, um número que permanece abaixo do ideal para impulsionar a prosperidade das famílias. Para os anos seguintes, as projeções também não são otimistas, com crescimentos esperados de 2,7% e 2,6% em 2025 e 2026, respectivamente, ainda abaixo do necessário para uma recuperação econômica substancial.

O relatório identifica obstáculos persistentes que têm impedido o pleno potencial de crescimento econômico na região. Esses incluem níveis de educação abaixo do ideal, infraestrutura deficiente e altos custos de investimento, que têm contribuído para o descontentamento social. Sem abordar esses problemas de frente, a América Latina e o Caribe correm o risco de perder investimentos e oportunidades emergentes, como a transição para uma economia de baixo carbono e a prática de nearshoring, que busca aproximar a produção dos mercados consumidores.

Um aspecto destacado no estudo é a disparidade entre grandes empresas e numerosas pequenas empresas na região. Atualmente, cerca de 70% dos trabalhadores na América Latina e no Caribe são autônomos ou empregados em empresas com menos de 10 funcionários, muitas vezes dedicados a atividades de baixa produtividade.

Apesar da existência de agências reguladoras da concorrência em muitos países da região, a aplicação das leis é frequentemente considerada inadequada devido à falta de recursos financeiros e de pessoal. O Banco Mundial destaca que as empresas poderosas muitas vezes exercem influência sobre as políticas governamentais, comprometendo a eficácia das leis de concorrência e mantendo um ciclo no qual poucas grandes empresas dominam os mercados, desencorajando a inovação.

Para enfrentar esses desafios e fortalecer a competitividade da região no mercado global, o relatório propõe uma série de ações. Entre elas estão o fortalecimento das agências reguladoras da concorrência, o apoio a políticas de inovação e o aumento das habilidades gerenciais da força de trabalho.

Em suma, o Banco Mundial destaca a urgência de reformas estruturais para promover uma maior concorrência nos mercados da América Latina e do Caribe, visando estimular o crescimento econômico e melhorar as perspectivas de prosperidade para as famílias na região.

Apresentação: Mariana Ceratti, Banco Mundial Brasil

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