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( votes)Grandes metrópoles como Miami e Nova York sempre tiveram uma alta procura quando o assunto é imóvel. Entretanto, este ano, muitas cidades grandes passaram a perder moradores para as menores ou mesmo para bairros mais afastados do centro, mas que possuem uma qualidade de vida excelente. Profissionais ligados ao segmento imobiliário notaram esse fenômeno já no meio da pandemia de Covid-19 e acreditam que essa é uma tendência que veio para ficar.
O proprietário da Legacy Plus Reality, empresa que atua no ramo imobiliário em Miami, Orlando e Boca Raton, Jacob Abdala, afirma que a pandemia tem levado muitas pessoas a se mudarem de grandes centros com aglomerações e também de apartamentos em busca de casas grandes, que ficam mais isoladas. “A questão do home office também foi um fator interessante. Quem trabalha de casa, necessita de mais espaço tanto para ele, quanto para o os seus familiares, dessa maneira é possível realizar diversas tarefas, como as videoconferências, depois ainda ter espaço no quintal para brincar com as crianças e com segurança, por isso, temos visto muita gente pesquisando para comprar um imóvel em uma cidade menor ou até mesmo em uma cidade grande, mas que seja afastada da parte central e tenha um bom quintal”.
Alta procura reduz ofertas de casas em cidades menores
Com a crescente procura por imóveis em cidades menores, Abdala afirma que a já conhecida lei da oferta e da procura está se fazendo valer. “Muita gente procurando e comprando casas em cidades menores, com isso, temos visto que o inventário de casas à disposição para venda está baixa, enquanto isso, vemos que a procura por apartamentos em grandes cidades não vêm recebendo muito procura, isso poderá fazer com que os preços desses imóveis sejam afetados mais para frente”.
Muitas vantagens
Além de fugir de aglomerações tão perigosas nos tempos atuais e de terem um imóvel com mais espaço, outra tremenda vantagem é o custo de vida que acaba sendo bem menor em uma cidade pequena do que nas grandes metrópoles. Outra vantagem é a qualidade das escolas públicas. “Tanto em cidades menores quanto em bairros mais afastados, há muitas que possuem uma escola de ótima qualidade, isso é ótimo não só por que quem tiver filhos em idade escolar ficará satisfeito, mas também, porque o próprio imóvel será mais valorizado. Próximo de Orlando temos o exemplo de Windermere e perto de Miami, Weston, ambas são excelentes locais para morar e também para estudar”.
Entretanto, Abdala destaca que não são em todas as grandes cidades que isso ocorre, pois depende muito da configuração da mesma. “Em casos como Miami, Nova York e outras, realmente tem muita gente se mudando, mas já em Orlando, a situação é diferente porque a maioria das moradias de lá são casas e é tudo muito espaçado por isso, não há nos moradores a preocupação de se mudarem”.

O futuro é agora
A pandemia fez com que muitas empresas grandes e médias pudessem enxergar que o esquema home office é uma excelente ideia, e o que se imaginava para o futuro, de cada vez mais os funcionários trabalharem remotamente, pôde ser empregado com sucesso assim que todos tiveram que entrar em quarentena. Com isso, muitas dessas empresas tomaram a decisão de que mesmo com a volta à normalidade, vão continuar com o esquema de home office para muitos de seus funcionários.
Diante desse novo cenário, Abdala acredita que a procura por casas em cidades menores cresça e a tendência é que cada vez mais pessoas trabalhem de seus lares, o que as levará a pensar em imóveis com mais espaço. “Já há empresas pagando para oferecer uma internet melhor aos seus funcionários e comprando até cadeiras e mesas confortáveis e práticas para que esses funcionários trabalhem melhor de casa. Acredito que avançamos dez anos em poucos meses nesse sentido”.
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