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Fim de ano sem burnout: como cuidar da saúde emocional nas festas

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O fim do ano costuma ser sinônimo de luzes, encontros e celebrações. Porém, para muitos adultos autistas e pessoas com TDAH, esse período também traz desafios significativos. Ambientes barulhentos, longas interações sociais, mudanças de rotina e excesso de estímulos podem aumentar a ansiedade e o risco de esgotamento emocional.

O neurologista Dr. Matheus Trilico, referência no atendimento a adultos neurodivergentes, explica que situações de festa e convivência intensa frequentemente levam ao masking — a prática de camuflar comportamentos autênticos para se ajustar ao ambiente.

“É como colocar uma máscara que precisa permanecer no rosto por horas. Isso consome energia, gera cansaço extremo e, em alguns casos, sentimentos depressivos”, destaca o especialista.

Diante disso, proteger a energia emocional e evitar o burnout autístico ou o hiperestímulo é essencial para que o período festivo seja vivido de forma mais leve e saudável.


Como aproveitar as festas sem se sobrecarregar

1. Estabeleça limites claros

Selecione quais eventos realmente valem sua energia e determine um tempo de permanência. Ir embora mais cedo ou fazer pequenas pausas não significa fraqueza: é autocuidado.

2. Tenha estratégias de autocuidado sensorial

Leve fones de ouvido, escolha roupas confortáveis, pratique respiração profunda ou mindfulness e identifique um “refúgio” no local para descansar quando o ambiente estiver muito estimulante.

3. Comunique suas necessidades

Nem sempre familiares e amigos compreendem o que significa conviver com o masking ou com hiperestímulos. Conversar sobre limites de socialização e preferências sensoriais reduz pressões e expectativas.

4. Evite comparações

Comparar-se com quem parece estar aproveitando tudo pode aumentar a autocobrança. Cada pessoa tem seu próprio ritmo — e isso precisa ser respeitado.

5. Alterne socialização e descanso

Intercalar encontros com momentos de pausa é uma estratégia eficaz para evitar o esgotamento emocional, especialmente para quem lida com sobrecarga sensorial ou exige mais energia para interações sociais.


Priorize o que faz sentido para você

Segundo o Dr. Trilico, o verdadeiro objetivo das celebrações não é performar socialmente, e sim viver momentos de bem-estar.

“O mais importante é se sentir bem consigo mesmo, aproveitar o que realmente gosta e respeitar seus limites. Dizer ‘preciso de um tempo’ é completamente normal”, reforça.

Seguindo essas estratégias, adultos neurodivergentes podem vivenciar o Natal e o Ano Novo sem abrir mão de sua autenticidade — preservando energia, reduzindo o estresse e cuidando da saúde emocional mesmo em meio à agitação das festas.


Sobre o especialista

Dr. Matheus Luis Castelan Trilico
CRM 35805PR • RQE 24818

  • Médico pela FAMEMA
  • Neurologista (HC-UFPR)
  • Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde (HC-UFPR)
  • Pós-graduado em Transtorno do Espectro Autista

Mais artigos sobre TEA e TDAH em adultos estão disponíveis no portal do neurologista:
blog.matheustriliconeurologia.com.br

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