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( votes)Hoje, durante uma conferência de imprensa no Palácio das Nações em Genebra, Philippe Leclerc, diretor regional do ACNUR para a Europa, alertou sobre a crescente incerteza e deslocamento forçado de milhões de pessoas em meio à prolongada guerra na Ucrânia. Após dois anos de conflito em larga escala, a destruição maciça e os bombardeios contínuos deixaram o futuro de milhões de ucranianos deslocados em suspenso.
Desafios Humanitários e Deslocamento Interno
Cerca de 40% da população ucraniana necessita de apoio humanitário e de proteção, enquanto aproximadamente 6,5 milhões de ucranianos buscam proteção internacional como refugiados em todo o mundo. Adicionalmente, cerca de 3,7 milhões de pessoas permanecem deslocadas internamente no país. Um estudo recente do ACNUR revelou que a maioria dos refugiados e deslocados internos expressou o desejo de retornar para casa, porém, a insegurança contínua, a falta de oportunidades econômicas e de habitação têm retardado esse processo.
A Perspectiva dos Refugiados e Deslocados Internos
O estudo “Vidas em Espera” do ACNUR, baseado em entrevistas com cerca de 9.900 famílias ucranianas, destacou as preocupações dos refugiados e deslocados internos. A insegurança prevalecente na Ucrânia é o principal obstáculo para o retorno, enquanto questões como oportunidades de trabalho e habitação também são mencionadas. A falta de reunião familiar e visitas de curta duração à Ucrânia têm complicado ainda mais a situação.
Chamado à Ação e Necessidade de Financiamento
O ACNUR insta os países de acolhimento a manterem uma abordagem flexível às visitas de curta duração e a garantir a proteção e os direitos dos refugiados. No entanto, um financiamento robusto é essencial para apoiar as operações humanitárias na Ucrânia e nos países vizinhos. Com apenas 13% de financiamento até o momento, o ACNUR solicita aproximadamente US$ 993,3 milhões para continuar suas operações vitais e garantir a proteção e resiliência dos ucranianos deslocados.
Como a guerra na Ucrânia persiste, é crucial o apoio contínuo às pessoas deslocadas e refugiadas, garantindo que suas necessidades humanitárias sejam atendidas com segurança e dignidade. Caso contrário, a proteção e a resiliência desses indivíduos estarão em risco.
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