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( votes)A busca do que realmente importa: a reconexão consigo mesma
Se reinventar após os 40 anos não é fácil. Requer coragem, maturidade, abrir mão de certos confortos já adquiridos na vida. Mas pode ser muito prazeroso e significar a abertura de novos caminhos que também levem à felicidade. Esta é a história recente de vida da atriz Tania Khalill. Casada com o cantor e compositor Jair Oliveira e mãe de duas filhas, Isabella e Laura, Tania vive há quase cinco anos nos EUA. Ela conta que “mudar de país é resgatar e usar a sua coragem de diferentes formas”, e embora ciente de todas as oportunidades que tem, não mediu esforços para “virar a chave” e se reconectar como mãe, esposa e artista.
Idealizadora do projeto Meu Tempo e do workshop O Palco da Vida, em que combina seus conhecimentos de atriz com a formação em Psicologia, Tania conta que o objetivo é ajudar mulheres após os 40 anos a reinventar suas trajetórias no âmbito pessoal, profissional e hormonal. Ela assume que o projeto nasceu a partir da sua própria história, mas que conviver com mulheres tão corajosas e fortes a faz ter ainda mais consciência da importância que é resgatar esta essência e como essa experiência tem ajudado no seu próprio autoconhecimento.
Se reinventar após os 40 anos não é fácil. Requer coragem, maturidade, abrir mão de certos confortos já adquiridos na vida. Mas pode ser muito prazeroso e significar a abertura de novos caminhos que também levem à felicidade. Esta é a história recente de vida da atriz Tania Khalill. Casada com o cantor e compositor Jair Oliveira e mãe de duas filhas, Isabella e Laura, Tania vive há quase cinco anos nos EUA. Ela conta que “mudar de país é resgatar e usar a sua coragem de diferentes formas”, e embora ciente de todas as oportunidades que tem, não mediu esforços para “virar a chave” e se reconectar como mãe, esposa e artista.
Idealizadora do projeto Meu Tempo e do workshop O Palco da Vida, em que combina seus conhecimentos de atriz com a formação em Psicologia, Tania conta que o objetivo é ajudar mulheres após os 40 anos a reinventar suas trajetórias no âmbito pessoal, profissional e hormonal. Ela assume que o projeto nasceu a partir da sua própria história, mas que conviver com mulheres tão corajosas e fortes a faz ter ainda mais consciência da importância que é resgatar esta essência e como essa experiência tem ajudado no seu próprio autoconhecimento.
Como foi a decisão de trocar o Brasil pelos EUA e porque a escolha da Flórida após viver em NY?
A ideia de viver nos EUA já faz parte da minha vida desde que conheci o Jair, no início do namoro ele sempre falou sobre a vontade de viver fora, sobretudo em Nova York, cidade pela qual ele sempre foi apaixonado. Mas o sonho era dele, eu não tinha esta intenção. Nunca havia pensado em sair do Brasil, mudar a minha rotina, a minha carreira. Começamos a vivenciar isso passando períodos fora, fazendo cursos de especialização, o Jair vinha para fazer shows, trazíamos as meninas para viver a experiência de um mês em Nova York, mas a mudança definitiva só aconteceu em 2017.
A decisão foi muito baseada na intenção de nos reaproximar de nós mesmos, como família. De nos reinventar, de ter experiência em um lugar onde sempre íamos em busca de cultura, de viver em um lugar onde, apesar de ser em Nova York, tinha uma simplicidade de viver o dia a dia, onde não íamos contar com a ajuda de ninguém, seríamos só a família. O desejo de recomeçar, de se olhar com novos olhos como indivíduo, como artista, como família.
A decisão de mudança para a Flórida aconteceu na pandemia. Foi um grande sofrimento ficarmos reclusos dentro de um apartamento em uma cidade que estava totalmente fechada e o clima frio aumentou ainda mais esta sensação de isolamento. Uma parte da nossa família já vivia aqui e resolvemos passar um período. As crianças simplesmente amaram e eu também me sinto melhor vivendo em um lugar com clima mais quente, apesar de amarmos Nova York.
Toda mudança tem prós e contras. Hoje, completando quase 5 anos vivendo em outro país, o que ficou de aprendizado e o que pode listar como o que mais gosta e o que mais falta em viver longe de “casa”?
O que mais gosto é de como vivo próxima da minha família hoje. Quando saímos do Brasil, apesar de ter uma estabilidade na minha carreira e em todos os sentidos da minha vida, a minha rotina era muito intensa. Aliás, este foi o principal objetivo da mudança, o de rever a forma como eu estava vivendo. Foi uma virada de chave. Quando eu fiz 40 anos, olhei minha filha Isabela com 10 anos e notei que eu tinha passado a maior parte da vida dela trabalhando, viajando para gravar novelas e fazer teatro. Sentia que aquela não era a vida que eu merecia como mãe e a que ela merecia como filha. Então, o que mais gosto é de como a gente se reconectou como família.
E o lado ruim é que deixar algo que você construiu não é fácil. Você se libertar de uma vida pronta e se reconstruir é um processo difícil. Não é um conto de fadas ficar longe dos pais, irmãos e amigos, do trabalho e do reconhecimento como artista que o Brasil me dá. Mas o balanço final é nobre, embora eu tenha muitas saudades das pessoas, o que tenho colhido é sempre positivo. Não gosto de falar que deixei algo para trás, mas sim que toda experiência é agregadora de alguma forma.
Projeto Meu Tempo e Workshop No Palco da Vida: ajudar mulheres de meia idade a se reinventar veio de uma experiência pessoal? Como surgiu a ideia, como andam os projetos?
Surgiu com o reconhecimento pessoal de que todos temos a capacidade de nos reinventar. Que podemos desfrutar desta jornada que nos foi dada de presente com uma ocupação do nosso espaço na vida ordinária do cotidiano de uma maneira íntegra, presente e com brilho, semelhante ao que um artista faz no palco. O desenvolvimento tem sido o maior aprendizado da minha vida, porque é como experimentar em mim e com o meu aprendizado em psicologia, o autoconhecimento da nossa mais alta essência.
O projeto Meu Tempo tem sido uma diretriz na minha vida. Cada dia mais eu tenho estudado artisticamente, emocionalmente, e feito uma pesquisa pessoal para poder oferecer esta experiência a outras mulheres. Um trabalho de ampliação e consciência, onde o teatro, a meditação e psicologia habitam o mesmo lugar. Oferecer a estas mulheres de meia idade a oportunidade de enxergar que a vida pode ter novo significado. Que ela pode buscar sua essência mesmo que seja dentro da sua própria rotina, buscar novas direções. Que ela pode e deve servir não só como mãe, esposa e profissional, mas também servir de uma nova maneira, com uma nova inteireza.
Estes projetos tem unido muitas mulheres, já estou finalizando uma segunda edição na Flórida com mulheres incríveis, corajosas, fortes e, principalmente abertas para o novo. Porque acho que também tem que ser muito curiosa sobre si mesma para mergulhar em um processo de reconhecimento do que te acorrenta e achar o melhor caminho para soltá-las, sem aquela força inerente da juventude mas com muito mais inteligência e maturidade.
Aos 40, é muito forte essa sensação de “o que quero fazer com a vida que ainda me resta?”. E eu acredito que essa resposta está muito mais ligada à ordem emocional e à essência e crença individual que habita em cada uma de nós.
E para futuro, alguma novidade que possa nos adiantar, principalmente se tratando de Miami ou Flórida?
Em breve vou ao Brasil para gravar uma série que ainda não posso falar muito, mas muito feliz em ter esta possibilidade de continuar desenvolvendo meu trabalho tanto aqui nos EUA quanto no Brasil. Também começo neste mês de junho a segunda versão do projeto Palco da Vida na Flórida, pois acredito que passar esta mensagem a mulheres é sempre agregadora: de que todas nós podemos renascer na forma de se olhar e de se reconectar com a nossa essência feminina.
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