A ABC suspendeu “Jimmy Kimmel Live!” por tempo indeterminado, em meio a uma polêmica crescente após comentários feitos por Jimmy Kimmel sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk. A decisão foi anunciada em 17 de setembro de 2025, depois que afiliadas da emissora se recusaram a exibir o programa e reguladores federais pressionaram a rede por suas falas.

No cerne da controvérsia estão as acusações de que apoiadores do movimento MAGA estariam tentando politizar a morte de Kirk — uma visão criticada por Kimmel, mas rejeitada por algumas comunidades. Sua declaração motivou a reação de afiliadas como a Nexstar, que classificou os comentários como “ofensivos e insensíveis” num momento delicado do discurso político nacional, e optou por remover o programa de sua programação.

A reação da classe artística e sindical foi imediata. Sindicatos influentes como o Writers Guild of America (WGA) e SAG-AFTRA condenaram a suspensão como uma ameaça à liberdade de expressão, argumentando que críticas legítimas e pontos de vista divergentes são essenciais em uma sociedade democrática. Celebridades também manifestaram apoio público a Kimmel, acusando a medida de censura velada.

Além disso, a decisão gerou debates sobre o papel da comunicação pública e das regulações federais nos Estados Unidos. O presidente da Federal Communications Commission (FCC), Brendan Carr, sugeriu que emissoras locais têm responsabilidade de refletir valores comunitários e alertou para possíveis consequências regulatórias se falhas forem identificadas. Alguns críticos veem esses movimentos como parte de um padrão preocupante de controle sobre conteúdos críticos ou opinativos em períodos políticos polarizados.

Enquanto isso, Donald Trump celebrou a suspensão, chamando o apresentador de “sem talento” e pressionando outras redes a seguirem o exemplo.