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( votes)A Pellicano Marketing & Communications, agência de publicidade que atende, entre outros clientes, a TV Globo Internacional e o canal PFC, já abriu sua filial na Flórida, após 16 anos com matriz na cidade de Nova York. O novo escritório da empresa, fundada pelo publicitário e CEO Ciro Pellicano será dirigido por Fátima Paiva, que traz para Miami toda sua expertise de muitos anos com a comunidade brasileira e a coordenação de Marketing da sede de NY. A Acontece Magazine entrevistou Ciro e Fátima, que contam detalhes sobre a filial. Confira.
Ciro Pellicano
Ciro, conte-nos sobre sua trajetória como publicitário no Brasil e no exterior.
Comecei minha carreira como redator numa época em que publicitário era mais disputado do que jogador de futebol. Também rodei bastante como diretor de criação: Brasil, América Latina e Europa. Até abrir minha própria agência há pouco mais de 15 anos.
Fale um pouco da história da agência desde sua abertura em Nova York.
Na verdade, a agência começou na Europa. Num segundo momento, mudei para NY trazendo o business comigo. Nesses 16 anos de atividade, conseguimos montar uma estrutura enxuta e eficiente. E, ao mesmo tempo, colocar de pé uma rede de representantes nos principais países.
Após 16 anos em NY, a agência chega à Flórida. Por que escolheu Miami para abrir uma filial da Pellicano Marketing & Communications?
A Pellicano-FL é um sonho antigo da agência, que ganhou mais força ainda com a nova onda de imigração (empresários e famílias de alta renda) do Brasil para o sunshine state. Trabalhamos numa dupla mão de direção: somos a agência brasileira que mais entende de mercado americano; e também a agência americana que mais entende de mercado brasileiro.
Quem são os clientes da agência e qual o perfil desses clientes?
Os dois clientes históricos da agência são a Globo e a Globosat. O primeiro, com seus produtos TV Globo Internacional e licensing de programas; e o segundo com o PFC, o canal do futebol. Como desdobramento natural do atendimento desses canais, temos trabalhado também com as principais operadoras de TV do país. Na área de projetos pontuais, já prestamos serviços para a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Câmara de Comércio de Nova York, ONU, Malo Clinic, Focus Brasil etc. Outra área em crescimento é a parceria com agências brasileiras com projetos no mercado internacional. Dois jobs recentes envolveram o Bradesco e a Coty.
Quais os serviços de marketing e publicidade mais procurados?
Ironicamente, os dois extremos do assim chamado arco da comunicação: campanhas digitais e grassroots (ou eventos).
A Globo Internacional atinge um público de diferentes classes sociais. Na sua opinião, como criar uma propaganda de apelo de massa inteligente e de bom gosto?
Basta fazer com que as campanhas de branding sejam transversais; e as de produtos específicos (quer dizer, de programas determinados) alinhadas com o nível cultural da audiência respectiva. De qualquer maneira, eu acrescentaria que o nível de qualidade de uma campanha independe do produto anunciado. No sentido de que é possível (aliás, é recomendável) fazer uma campanha inteligente e de bom gosto pra vender, por exemplo, paçoquinha.
Qual a grande diferença entre escrever para web e para televisão?
Tirando a velocidade de consumo de uma e outra, não vejo grande diferença entre escrever para as mídias digitais e tradicionais.
Que conselhos você daria para quem está abrindo um negócio nos EUA e precisa divulgar a sua marca?
Procurar uma agência que tenha uma longa experiência de mercado e cujos clientes sejam empresas de sucesso em suas respectivas categorias.
Dá pra fazer uma campanha publicitária eficiente, sem estourar o budget?
Já usei essa frase mais de uma vez e vou usá-la de novo: “Como se diz em Hollywood, there are no small parts, only small actors…”.
Fátima Paiva
Fátima, conte um pouco de sua trajetória na área de marketing e propaganda.
Iniciei minha trajetória no Brasil, como executiva de vendas diretas. Mas foi em NY que minha carreira tomou o rumo do marketing. Aí fiz o caminho de praxe: assistente, executiva, manager – e agora coordenadora de Marketing na Pellicano, onde trabalho desde 2011. Além de head da filial Miami.
Você assume a coordenação de Marketing da Pellicano em Miami. Como está sendo esse processo de transição?
Na verdade, assumi a coordenação de Marketing da agência como um todo. Além de pilotar a filial da Flórida.Quanto à transição, ainda estou no meio do processo – mas com a certeza de estar fazendo a coisa certa. Estou feliz e 100% segura de que temos muito para oferecer ao mercado local.
Quais os serviços oferecidos pela agência?
A Pellicano é uma full service agency que transita do online para o offline (e vice-versa), com a segurança de quem está fazendo isso há mais de 15 anos nos quatro cantos do mundo.
Vocês produzem os comerciais ou contratam produtoras independentes?
Não produzimos comerciais: entregamos os roteiros para produtoras independentes.
Na sua opinião, o que é mais desafiador na sua profissão?
Nesse momento, conciliar o papel de mãe numa cidade nova com a responsabilidade de abrir uma empresa mais nova ainda…
Como convencer o cliente de que a ideia dele não é a ideal para o seu produto?
Por sorte, o problema não tem se apresentado. Quanto acontece, a solução é a gente se munir de paciência e evidências. Quer dizer, procurar provar com os dados disponíveis que a sugestão não resiste a uma análise estratégica.
Foto: Fabiano Silva
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