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Nada Será Como Antes segundo os autores e o diretor

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‘Nada Será Como Antes’ conta a história de Saulo (Murilo Benício) e Verônica (Débora Falabella) entremeada pelos bastidores da implementação da primeira televisão no Brasil. A série se passa por volta da década de 1950 e traz amores arrebatadores, poder, intrigas, paixões, ciúmes e desilusões vividos pelo casal e por outros integrantes dessa história da transformação dos meios de comunicação no país.
Além de Murilo Benício e Débora Falabella, a série tem no elenco atores como Bruna Marquezine, Daniel de Oliveira, Osmar Prado, Cássia Kis, Bruno Garcia, Letícia Colin, Daniel Boaventura e Fabrício Boliveira.
Como foi realizado o trabalho de pesquisa para a minissérie?
Guel Arraes: O trabalho de pesquisa foi exaustivo, mas muito divertido. O final dos anos de 1950 foi um período riquíssimo da vida brasileira, um momento de revolução social, política e cultural, marcado pela emancipação da mulher, a industrialização e urbanização do país, a mudança da capital para Brasília, a Bossa Nova, a seleção campeã do mundo e o surgimento da televisão. Nossa história é uma ficção, com alguma liberdade criativa, sobre o nascimento daquilo que viria a ser uma paixão dos brasileiros: as telenovelas.
De que forma a tevê é retratada em ‘Nada será como antes’?
Jorge Furtado: A televisão é uma subtrama, um charme. Tem algumas informações, algumas curiosidades dos bastidores do início da televisão no Brasil, mas o drama pessoal, a história dos personagens é o foco principal.
A série seguirá um rigor histórico?
João Falcão: É ficção total, inclusive tem várias licenças que a gente toma, como quando foi a primeira novela. Novela diária só começou em 1962. Antes, era só às terças e quintas. É ficção baseada em fatos reais.
Vocês alteraram na minissérie algum fato real?
Guel Arraes: Fomos bastante fieis aos acontecimentos políticos, culturais, esportivos do país, mas tomamos muitas liberdades quanto à ordem dos acontecimentos na história da televisão. Saulo, nosso herói, e sua TV Guanabara estavam bem a frente do seu tempo.
Tem alguns fatos curiosos para contar?
Jorge Furtado: Hoje, sabendo da força da televisão, é engraçado saber o que se esperava dela quando nasceu, muita gente a definia como um “rádio com imagem”. Um cronista se perguntou: “quem vai querer ver o disco tocando para ouvir música ou olhar para o locutor das notícias?” Alguém logo lembrou que, em vez de ver o disco, o espectador poderia ver o cantor cantando e os músicos tocando, e as notícias poderiam ser acompanhadas de fotos e filmes mostrando os acontecimentos. Quando a TV virou realidade, explicou a si mesma.
O que vai atrair a atenção do público?
João Falcão: Alguns paralelos com os dias de hoje, onde nós evoluímos, ou não, em termos de costumes e pensamentos, de conceitos e preconceitos. Passaram-se 50 anos e muitas coisas estão começando a mudar só agora. Eu acho esse comparativo muito interessante.
Sobre esses conceitos e preconceitos da época em que se passa a série, o que você destacaria?
Guel Arraes: Me chamou atenção a forma como as atrizes eram vistas, consideradas muitas vezes como “mulheres de vida fácil”. Havia muito preconceito em relação às mulheres em geral. Fosse por serem separadas ou mães solteiras. Curiosamente as artistas, atrizes e cantoras foram as primeiras a quebrar essas barreiras e estabelecer uma nova imagem da mulher.

 

Entrevista com o diretor José Luiz Villamarim
Entrevista com o diretor José Luiz Villamarim
Quais são os pontos fortes de ‘Nada Será Como Antes’?
Villamarim: Essa série tem o percurso de dois personagens, Saulo e Verônica, que vivem todas as possibilidades de uma relação amorosa profunda. Tem um arco dramático e visita tudo que um casal pode ter: a grande paixão, a separação, a traição e a reaproximação. Sempre extremamente apaixonados. Isso é o que eu acho lindo nessa série. Temos um casal de protagonistas de duas pessoas apaixonadas uma pela outra, o que há de mais romântico possível nesse casal. Temos ainda a história da televisão, que nunca foi contada. Estamos falando da nossa vida, dos profissionais que trabalham nesse lugar.
Como foi a construção desse trabalho com relação à linguagem?
Villamarim: Na hora de filmar uma época, geralmente existe muito respeito. O ator já tem um jeito de sentar, a câmera está mais comportada, essa é a primeira leitura. Pedi, então, que desconstruíssemos um pouco isso. Filmamos com uma câmera solta, muito mais dentro da cena. A série é baseada em fatos reais, mas é uma obra de ficção. No fim dos anos 50, por exemplo, a novela no Brasil era exibida duas vezes por semana. A nossa vai ao ar todos os dias. É interessante que tenhamos essa liberdade. Não é uma produção documental.
Que desafios você encontrou durante o trabalho na série?
Villamarim: Acho que um dos maiores desafios é pegar um drama romântico escrito por autores que também são diretores e filmar de uma maneira diferente de como eles fariam. Apesar de ser um drama, não é trágico e tem certa leveza. Naquela época, havia uma felicidade danada no ar. As pessoas eram muito mais livres.
A Nova série da Globo Internacional, ‘Nada Será Como Antes’, tem previsão de estreia para terça-feira, dia 27 de setembro, nas Américas; quarta-feira, dia 28, no Japão e Austrália; e terça-feira, dia 4 de outubro, na Europa e África.

Saulo (Murilo Benício) e Veronica (Débora Falabella)

 

Beatriz (Bruna Marquezine)

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