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Memória melancólica na arte de Lara Felipe

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Lara Felipe cria arte com sentimentos profundos e história. A artista plástica, que é brasileira e mora há pouco tempo nos Estados Unidos, já tem uma trajetória de sucesso pela arte com exposições no Brasil e na América.
Nascida em Alegre, no Espírito Santo, em 1971, Lara faz parte de uma geração de artistas surgida nos anos 90. Artista plástica, designer e publicitária, Lara se interessou pela arte nos seus primeiros anos de escola. Ainda na infância foi incentivada pelos pais, que lhe compravam livros, materiais de pintura e desenho. Já adulta, continuou com sua paixão pela arte e cursou a Faculdade de Artes Plásticas na Universidade Federal do Espírito Santo.
Sua primeira exposição individual aconteceu no Espaço de Arte da universidade em 1996 e desde então não parou mais, participando de várias exposições, festivais de arte, residências artísticas e salões. Em 1988, ganhou o Prêmio Phillips de Arte para Jovens Talentos no Brasil e na América Latina.
A artista, então, se mudou para os Estados Unidos, realizando o sonho americano. Em 2011, se casou com o noivo Casey Brett Utecht na fazenda dos avós dele em Argusville, no Estado da Dakota do Norte, e logo depois nasceu a sua única filha, Amélia Marie. Hoje, Lara mora no Arizona onde firmou suas raízes na América e onde mantém seu estúdio e residência na cidade de Gilbert.
A artista fala com entusiasmo sobre a sua relação com a arte que cria: “Meu trabalho artístico é resultado de um mergulho em minha memória pessoal e afetiva, de histórias da minha infância e de costumes transmitidos por meus antepassados. Minha família é formada pela mistura de ascendentes portugueses, indígenas, italianos e libaneses (meu bisavô paterno chegou do Líbano no Brasil com 16 anos, sozinho, trazendo na mala sonhos e esperança de uma nova vida trabalhando como mascate). Essa memória que carrego é rica de informações simbólicas, que elaboro a partir de referências estéticas oriundas do universo da arte e transformada em uma linguagem artística particular, com uso de diferentes mídias como vídeo, fotografia, trilha sonora, colagem, pintura, bordados e materiais diversos, como memorabilia, objetos garimpados em mercados de pulgas e antiquários e objetos achados ao acaso. Do diálogo entre a memória de minhas raízes e as trocas culturais recentes, componho esses trabalhos a fim de provocar a criação de novos sentidos, tratando de questões poéticas, artísticas e de cunho estético e simbólico.”
Para a mostra ArtBrazil, a artista criou uma pequena instalação de objetos com o tema Memória, Melancolia e Esquecimento. São ao todo cinco obras que dialogam entre si e formam um potente e belo campo magnético, através de colagens de fotografias de pessoas anônimas, roupa engomada, livros antigos, mala com novelos e esferas de madeira e vidro e um manto feito de retalhos guardados, todos capazes de decompor uma rede de pertencimento, memória, identidade e afetividade. A obra de Lara pulsa e reverbera vida, experiência corpórea, emoções canalizadas com suprema ternura e delicadeza. Lara busca uma potente alusão entre cabeça e coração, entre o pensar e sentir, tentando trazer ordem e equilíbrio estético e humano.
O conjunto de seu trabalho para a ArtBrazil 2015 lhe rendeu o prêmio “RIVA Best in Show” escolha do júri, no ArtServe, em Fort Lauderdade.
Este ano está sendo um ano de grandes acontecimentos e conquistas para Lara, pois no Brasil a artista tambem participa da TRIO Bienal Internacional de Arte Contemporânea no Rio de Janeiro, ao lado de artistas renomados como Vik Muniz, Marina Abramovic, Anish Kapoor, Daniel Buren, Anna Bella Geiger, Angelo Venosa, Arthur Lescher e José Rufino, dentre outros.

Por Jade Matarazzo

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