Marisa Monte
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Entrevista exclusiva com Marisa Monte sobre o Show do Tribalistas em Miami

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Demorou, mas chegou. Após longo período de espera, os brasileiros que vivem ou passam pela Flórida finalmente vão poder assistir, ao vivo, a um show do Tribalistas. Depois de 17 anos desde o lançamento do primeiro álbum (2002), o trio Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown chega a Miami em fevereiro para se apresentar em duas noites no Fillmore Miami Beach, como parte da turnê pelos EUA. O show reúne músicas dos dois discos, que têm nomes iguais e fizeram grande sucesso. Apesar dos 15 anos que separam os dois álbuns, o mais recente lançado em 2017, a química entre eles é tão perfeita que o tempo parece não ter passado. Agora, os Tribalistas embarcarão juntos para Miami para fazer a alegria de milhares de fãs. A Acontece Magazine entrevistou, com exclusividade, os amigos Marisa, Arnaldo e Brown, que falaram do trabalho e da expectativa para o show nos dias 8 e 9 de fevereiro. Confira.

Marisa Monte
O segundo disco “Tribalistas” aborda algumas questões sociais, como o tema dos refugiados na música “Diáspora”. O que levou vocês a seguirem por esse caminho?
Quando a gente faz uma canção nova, geralmente a gente nem combina o tema. Eles surgem naturalmente e refletem o mundo à nossa volta, nossos sentimentos e as coisas que estamos vivendo ou que já vivemos anteriormente, seja no plano pessoal ou coletivo. A questão dos refugiados é uma questão que se repete na história da humanidade ciclicamente e que nos comove. É muito bom poder sonhar com um mundo onde as fronteiras geopolíticas não sejam mais importantes do que as questões humanas.

Quando você está compondo, existe um momento em que pensa “tenho que mostrar isso pro Carlinhos e pro Arnaldo”? O que caracteriza uma “canção Tribalista”?
Temos uma relação criativa de muitos anos, uma amizade de longa data e sempre que fazemos algo novo gostamos de mostrar um para o outro. É bom conferir no sentimento do outro as nossas próprias impressões. Acabamos funcionando como filtro estético. Isso é fruto da intimidade da nossa vivência e da cumplicidade criativa cultivada por nós três.

Seus shows sempre acontecem em teatros. Como foi a sensação de se apresentar para milhares de pessoas em estádios, como o Fonte Nova em Salvador e o Allianz Parque em São Paulo?
Já me apresentei para públicos de todos os tamanhos e em casas noturnas com todos os tipos de configurações possíveis nesses anos todos. E gosto muito de poder me comunicar com os diversos públicos, que mudam de acordo com os espaços. No Brasil, os shows dos Tribalistas foram feitos em lugares grandes e abertos, mas já na Europa a turnê foi realizada em sua maioria em teatros. O que mais muda é a própria energia e a concentração do público, além da qualidade da acústica. Repertório, a banda e o show, em si mesmo, claro que sempre refletem o que está na nossa frente.

Você já fez outros shows em Miami como artista solo. Você teve tempo de visitar a cidade e aproveitá-la? O que você mais gosta em Miami?
Já estive em Miami várias vezes para me apresentar. Adoro o mar quente, as galerias de arte, a temperatura amena quase o ano inteiro e alguns amigos que tenho na área. Estou feliz de voltar novamente, dessa vez, com meus parceiros Tribalistas, para juntos distribuirmos alegria, poesia e música para todos que quiserem nos ver.

Foto: Leo Aversa

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