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( votes)Por Dra. Cindy Shaffer – Foto: Lawrence Ream
Um novo ano começa e, com ele, resoluções, aspirações e a sensação de um reinício vigoroso! Mas, infelizmente, sentir-se revigorado deixou de ser comum nos tempos atuais. Pesquisa mostra que apenas um em sete americanos acorda com a energia necessária todos os dias. A maioria dos casos deve-se a poucas horas de sono, porém, pode referir-se também a um sintoma de condição médica. Muitas situações são facilmente diagnosticadas por meio de testes de laboratório, como diabetes, anemia e problemas de tireoide. Mas outras, como a apneia do sono, são comumente esquecidas nessa avaliação.A ocorrência da apneia é estimada em mais de 20 milhões de americanos, mas aproximadamente 80% dos casos permanecem não diagnosticados. Existem diferentes tipos e níveis dessa disfunção e os mais graves podem acarretar complicações à saúde, embora os casos leves também possam afetar drasticamente a qualidade de vida e a segurança do indivíduo. A apneia obstrutiva do sono é o tipo mais comum e acontece quando os tecidos moles obstruem as vias aéreas durante o relaxamento ao dormir. A apneia central ocorre devido a um distúrbio no controle respiratório e relaciona-se a doenças mais graves. A característica da apneia obstrutiva é o ronco, um sinal de obstrução das vias aéreas.
Quando não há fluxo de ar, os pacientes param de roncar, engasgam e acordam subitamente (geralmente sem recordar), porque o cérebro reconhece que o dióxido de carbono está subindo e/ou o oxigênio abaixando. Além do ronco alto, a apneia causa sonolência diurna, fadiga e exaustão, bem como dores de cabeça, boca seca, piora da pressão arterial e, para os homens, disfunção sexual. Portanto, pessoas com esses sintomas e sono não restaurador devem ser avaliadas e provavelmente submetidas a uma polissonografia, estudo do sono que avaliariam respiratório e cardíaco, atividade elétrica cerebral, tônus muscular, movimentos oculares e taxa de oxigenação do sangue. Além de mudanças no estilo de vida, como o emagrecimento, as opções de tratamento são geralmente efetivas. Para apneias moderadas ou severas, o “gold standard” é o Continuous Positive Airway Pressure (CPAP), uma pequena máquina que bombeia ar pressurizado evitando o colapso das vias aéreas. Aparelhos dentários podem ser uma opção para casos leves e moderados ou, às vezes, para casos severos em pacientes que não toleram o CPAP. A cirurgia pode ser considerada em algumas situações.A apneia afeta sua saúde física, bem como sua função cognitiva, por isso, não hesite em discutir problemas de sono com seu médico. Cuide-se!
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