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( votes)Eles são os donos das cadeiras vermelhas e tiveram a feliz, e muitas vezes difícil, função de descobrir, orientar e incentivar o sonho de 72 jovens, que passaram pelo palco do ‘The Voice Kids’. Durante meses, puderam acompanhar de perto o crescimento e a evolução de cada um dos Kids. Orgulhosos de seus pupilos, os técnicos Carlinhos Brown, Ivete Sangalo e Leo Chaves terminam a segunda temporada do reality musical com a certeza de missão cumprida e que a experiência os tornou artistas melhores. Os três falam sobre a ansiedade para a grande final, que dará a Juan Carlos Poca, Thomas Machado ou Valentina Francisco um prêmio de R$ 250 mil e um álbum gravado pela Universal Music.
O que significa ser técnico do ‘The Voice Kids’ para você?
Brown: “É algo muito especial, que nos ensina e nos motiva. É também dividir experiências pessoais e utilizar os próprios erros para motivar aqueles que já nascem com o dom apurado. Seu eu tivesse tido essa escola que é o TVK acredito que minhas dificuldades seriam menores.”
Ivete: “Acho que é uma das maiores oportunidades que um artista pode ter. A gente aprende e se emociona o tempo todo. E ainda tem a chance de desfrutar de espetáculos memoráveis. Mas fazer parte da memória afetiva dessas crianças é o mais especial para mim.”
Leo: “Ser técnico do TVK é ser aluno. É aprender todo dia uma coisa diferente. Quando a gente senta naquela cadeira é como se estivéssemos na sala de aula, escutando os professores em cima do palco. Em todos os sentidos. E eu tenho esse privilégio. É um orgulho enorme sentar nesta cadeira.”
E como foi a experiência de sentar na cadeira pela segunda vez?
Brown: “Acho que os candidatos já chegaram à segunda temporada com mais segurança, pois tiveram a chance de acompanhar a primeira edição. Vieram com muito mais garra, foi uma seleção mais acirrada. Essa é a grande experiência: da possibilidade, da oportunidade e de saber que é possível sonhar. Sonhar junto é uma realidade. Escuto muito “Como eu choro ao ver seu programa”. Mas não é um chorar de tristeza, é um chorar de felicidade. Uma felicidade que a gente não sabia onde estava e como ela iria se revelar. Se as lágrimas são cristais da alma, é uma forma de limpar, trazer saúde e renovar sempre. Todos nós somos crianças na tarde de domingo com o ‘The Voice Kids’.”
Ivete: “Acho que cheguei mais madura nesta segunda temporada. Isso ficou evidente pra mim. Também achei que os times estavam mais fortes e balanceados, o que deixou as escolhas ainda mais difíceis pra mim. Desde que me chamaram para fazer parte do TVK fiquei imaginando como poderia ser colaboradora de toda essa história. Mas depois você percebe que vai muito além. A gente se pergunta se deu o melhor conselho, se tomou a melhor decisão. Mas é sempre uma alegria muito grande. E a parceria que criamos é algo que vai além. É uma conexão que não para.”
Leo: “Foi emocionante ver a conduta, as atitudes e o comportamento dessas crianças, uma geração que vem nitidamente mais preparada pra lidar com relacionamentos e com as dificuldades que a vida oferece. É igualmente emocionante saber que temos uma geração que representa tão bem a música brasileira, que está tendo oportunidade de ter novas referências musicais, de vários gêneros. Mas o que mais me toca é saber que, no meio de todo o caos que vivemos, a gente pode entrar como uma luz, uma chance de emocionar e fazer as pessoas sorrirem mais. Acho que isso é o que marca mais nesse programa.”
E sobre seu candidato, como enxerga a evolução dele (a) no programa?
Brown: “Valentina é a total demonstração do que estamos fazendo aqui no ‘The Voice Kids’. Ela aproveitou como ninguém todas as oportunidades e toques técnicos que foram dados. E digo mais: uma menina, da idade dela, cantar Janis Joplin com a garra e com emoção, sem ter vivido aquele momento… É algo especial. Acredito que Valentina é uma artista que vamos ouvir falar por muito tempo. É uma mistura de carisma e doçura, porque quando ela se desmonta daquela força jovem e roqueira é apenas uma kids, doce como deve ser. Que bom que ela veio para o time Brown.”
Ivete: “Thomas tem mil facetas. É uma união de coisas especiais, pois canta bem, é afinado, íntimo das melodias. E tem, indiscutivelmente, muito carisma. Ele chega e já toma a plateia com tanta lindeza. O fofurômetro sempre estoura com ele. Mas ele é um músico além de todos os talentos que ele tem. E despretensioso. Estar despretensioso com a arte é uma coisa que nem o próprio artista sabe que tem. Acredito que, em um programa que tem vozes e talentos jovens, ele é um grande exemplo como voz infantil. Uma criança que se assume de onde vem é um grande exemplo.”
Leo: “O Juan tem um carisma próprio, desde o início, mas vem mostrando mais maturidade, mais técnica vocal, mais interpretação corporal. Soube aproveitar os profissionais por trás do palco e isso é uma prova que ninguém constrói nada sozinho. E quando você tem a oportunidade de influenciar, como o Juan está fazendo, com bons valores, com resiliência, com força, e se superando a cada dia, acaba influenciando uma geração. E eu tenho, de fato, muito orgulho de tê-lo representando o Time Victor e Léo, na final.”
O que você aprendeu com ele (a)?
Brown: “Acho que a forma despretensiosa dela de ser. Ela tem uma coragem que gente não sabe de onde vem. Mas quando chega no palco incendeia e nos motiva. Acho que isso foi uma das grandes coisas que eu aprendi com Valentina.”
Ivete: “Essa personalidade despretensiosa dele traz uma segurança que talvez ele nem saiba que tem. Thomas foi obstinado, confiante, mas sempre tranquilo. Uma maturidade que eu queria ter. Eu, que sou uma pessoa agitada e ansiosa, tenho mais para aprender com ele. Uma calma que me fez pensar.”
Leo: “A gente aprende tanta coisa. Mas acho que o que mais aprendi foi entender que os desafios se tornam maiores ou menores de acordo com a forma que você se coloca frente a eles. E esse é o grande exemplo que o Juan deixa para mim.”
O ‘The Voice Kids’ tem direção artística de Creso Eduardo Macedo, direção geral de Flavio Goldemberg e apresentação de André Marques com Thalita Rebouças. A grande final do reality vai ao ar no canal internacional da Globoneste domingo, 2 de abril, nas Américas, e segunda-feira, dia 3, no Japão e Austrália
Crédito da Foto: Globo/César Alves
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