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( votes)Hoje graças a facilidade e a rapidez das informações, muitos casos de autismo que não foram diagnosticados quando deveriam, estão chegando com muito mais frequência nos consultórios de profissionais que trabalham com o tratamento integral do autismo.
São jovens e adultos; desde os casos mais leves, como os asperges, até os casos muito graves, que por falta de tratamento adequado, de informação e de acesso aos diversos tratamentos multidisciplinares que temos hoje, acabaram crescendo sem desenvolver progressos significativos E o pior: Sem alcançarem independência, inclusive dos pais, o que causa para estes, uma terrível angústia, por que o desgaste e a preocupação são muito grandes e a pergunta é uma só: O que fazer agora?
Bem, para os portadores da Síndrome de Asperger e os autistas de inteligência mediana e acima, acabam levando uma vida normal, até que aconteça algo que traz à tona o autismo e não é raro, que até mesmo um dos pais possa acabar sendo identificado também como dentro do espectro.
DIAGNÓSTICO NA ADOLESCÊNCIA
A forma mais comum de identificar o autismo no adolescente dos 12 aos 18 anos, por exemplo, é o comportamento dele nesta fase. Geralmente ele não sabe se relacionar, não consegue lidar com coisas simples como uma mudança de casa, cidade ou escola, além de problemas frequentes nos relacionamentos com colegas e com sua própria sexualidade.
Tudo isso, juntamente com a forma deste adolescente não se comportar como os demais, começa a causar uma angústia nele e nos pais, que não entendem o que pode estar acontecendo. Neste caso, acabam por apresentar um quadro de ansiedade extrema, que não consegue ser solucionado com a terapia tradicional.
Quando isso acontece, exames mais extensos podem confirmar um diagnóstico de autismo. É importante saber que o diagnóstico preciso e minucioso, devem ser conduzidos por psiquiatras, neuropsiquiatras e neuropsicopedagogos, que deverão ter total acesso a todas as informações de como foi a infância deste paciente.
Somente assim, depois de um diagnóstico correto, ou seja, depois de dar nome ao que eles sentem, eles e a família encontram respostas para perguntas que vinham fazendo durante todas suas vidas. E isso traz para o autista e para a família, um alívio imenso.
A Neuropsiquiatra, especialista em Tratamento Integral do autismo, Neurodesenvolvimento e Saúde Mental, Dra. Gesika Amorim, lida com estas situações todos os dias e diz: “- Sabemos que não é fácil e que muitos pais abandonam suas vidas para cuidar de seus filhos, que em graus mais severos do autismo, acabam sendo absolutamente dependentes. Dito isto, gostaria de enfatizar algumas coisas:
1- Quanto mais cedo seu filho for diagnosticado, mais chances e melhores elas serão de ele ter INDEPENDÊNCIA, que de fato, é o que mais vai importar e o que realmente ele e vocês, pais, por mais que no primeiro momento possam achar que não, vão precisar que ele tenha.
2- Jamais deixe de contar ao seu filho que ele é um autista. Proteção demais pode trazer grandes prejuízos no futuro, justo quando ele precisará ter o máximo possível de independência para lidar de fato com o mundo. No mais, autistas sem grandes comprometimentos cognitivos, que sabem seu diagnóstico desde cedo, conseguem lidar mais facilmente com todas estas questões mais difíceis, como por exemplo: relacionamento, sexualidade e mudanças – diz a especialista.
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