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Amor infinito?

Por Dra. Ana Gouvea Terapeuta (Conselheira de Saúde Mental, MHC), Certified Clinical Trauma Professional, certificada em Atenção Plena (Mindfulness) no tratamento de crianças e adolescentes e um Ph.D. em linguística. www.anagouvea.com, @dranagouvea, (305) 918-2533, dranagouvea@gmail.com
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No começo tem paixão, frio na barriga e a sensação de que se pode passar a vida toda com o ente amado. Depois tem casamento, filhos, estresse no trabalho, estresse em casa e a relação entra na rotina. O marido chega em casa cansado do trabalho e com preguiça de sair com a esposa como tinham programado. A esposa está cansada porque trabalhou o dia inteiro, levou e pegou o filho na escola, passou no supermercado e ainda foi na ginástica. Estão cansados demais para sair, para namorar, para conversar. E os “defeitos” da pessoa amada começam a incomodar. Ele nunca abaixa a tampa do vaso! Ela nunca está pronta na hora! Ele não ajuda em casa! Ela não entende a pressão que eu tenho no trabalho!

Depois que a paixão passa e a rotina do dia-a-dia incomoda, como manter o amor e uma relação saudável? O amor maduro é aquele no qual o casal escuta um ao outro. Escutar nesse caso é tentar entender o ponto de vista e os sentimentos da outra pessoa. É escutar com empatia. Isso às vezes é difícil porque colocamos as nossas mágoas no meio da conversa.

É importante também saber se comunicar sem culpar o outro. Sem apontar o dedo. Em vez de dizer “você nunca liga para avisar que você vai se atrasar! Você não está nem aí para mim!” que tal dizer: “me machuca e fico preocupada quando você esquece de ligar porque parece que você não se importa.” Se você se comunica com sentenças do tipo “eu me sinto _ quando você _ porque _”, a outra pessoa não se sente atacada, não fica na defensiva e pode se explicar. E aí o casal tem a oportunidade de se entender melhor.

Não tenha vergonha de dizer como você se sente. Se você acha que o seu companheiro não te ajuda em casa, seja assertiva: “me sinto frustrada quando tenho que fazer todo o trabalho da casa. Eu entendo que você está trabalhando muito, mas eu preciso de ajuda. Como podemos solucionar essa situação?”.

Ache tempo para sair e se divertir com o ente amado. Tente não falar dos problemas nesses momentos. Façam coisas que vocês gostavam de fazer antes. Por exemplo, quando namoravam iam sempre ao cinema. Então comece a ir ao cinema de novo. Não foque só nas coisas ruins. Pense nas coisas que vocês têm em comum também: lugares que vocês gostariam de visitar juntos, atividades que vocês gostam de fazer juntos, filmes ou músicas que vocês gostam. Não foque só nos defeitos. Lembre-se das qualidades do seu/sua companheiro/a também.

É normal uma relação passar por momentos difíceis. Tanta coisa acontece na vida das pessoas. Tantas mudanças. É importante aceitar essa impermanência. Aceitar que o amor também muda. Isso não quer dizer que muda para pior. Apenas muda. Existe felicidade em crescer juntos, em ver os filhos criados, em construir um futuro a dois. Mas para isso precisamos ver o outro, escutar o outro, ter empatia e se comunicar sem culpar o outro. E como disse Drummond “o amor, seja como for, é o amor”.

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