User Review
( votes)No mês passado, discutimos sobre triagem do câncer de mama e sua controvérsia sobre quando e quão frequentes devem ser os exames. Ainda assim, não há dúvidas sobre seu importante papel na saúde das mulheres.
Assim, se pensaria que o mesmo vale para o câncer de próstata para a saúde dos homens. Infelizmente, para o câncer de próstata, a controvérsia está se devemos ou não fazer a triagem.
Diferente da mama, a triagem para o câncer de próstata é baseada no nível sanguíneo de PSA — uma proteína produzida pela próstata que se elevada pode significar câncer. No entanto, várias outras condições também aumentam o PSA, como a hiperplasia benigna, prostatitis (infecção), andar de bicicleta e relação sexual, portanto, há uma alta incidência de falso negativo. Em geral, apenas cerca de 30% (menos de 1 em cada 3 homens) com PSA elevado são diagnosticados com câncer em biópsia, um procedimento que acarreta altas probabilidades de complicações.
Outro ponto importante é que mesmo que o câncer de próstata seja muito prevalente (1 em 7 homens) e mate um número significativo de homens por ano, apenas cerca de 1 a cada mil serão salvos pelo teste de PSA após 10 anos.
A maioria dos cânceres de próstata crescem muito lentamente e são improváveis de causar consequências graves ou morte, mas o seu tratamento, ao contrário, é acompanhado de diversos riscos, como os riscos cirúrgicos, incontinência etc. Em outras palavras, mesmo que o câncer seja encontrado cedo, não está claro em todos os casos que ele deva ser tratado.
Portanto, a maioria dos grupos de especialistas recomendam que homens de 50 a 74 anos falem com um médico sobre riscos e benefícios baseados em seus fatores de risco. Afrodescendentes ou quem tem histórico familiar de câncer de próstata ou de câncer de mama com BRCA positivo têm um risco mais elevado.
Por Dra. Cindy Shaffer
Comente