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( votes)Com a popularização dos smartphones, muitas crianças ganham seu primeiro celular cada vez mais cedo — mas a ciência começa a lançar luz sobre os impactos silenciosos desse hábito. Um estudo recente publicado no Journal of Human Development and Capabilities analisou mais de 100 mil jovens entre 18 e 24 anos e revelou que o uso precoce do celular pode ter efeitos significativos na saúde mental.
A pesquisa utilizou o índice Mind Health Quotient (MHQ), que mede competências sociais, emocionais e cognitivas. A diferença foi clara: quem teve o primeiro celular aos 13 anos apresentou média de 30 pontos no MHQ. Já os que receberam antes dessa idade — especialmente a partir dos 5 anos — chegaram a pontuações próximas de 1 ponto, sinal de severo comprometimento emocional.
Segundo a Dra. Gesika Amorim, pediatra e especialista em neurodesenvolvimento e saúde mental, o uso excessivo de celulares em idades precoces pode afetar diretamente a autoestima, o sono, a atenção, a socialização e até mesmo contribuir para sintomas de ansiedade e isolamento.
“Crianças e adolescentes nessa fase ainda estão formando sua identidade e estrutura emocional. A superexposição às telas, redes sociais e estímulos digitais pode distorcer essa construção e comprometer o bem-estar a longo prazo”, afirma a médica.
Principais impactos observados:
- Ansiedade e irritabilidade
- Problemas de sono
- Isolamento social
- Baixa autoestima
- Déficits de atenção e foco
Apesar dos dados alarmantes, a Dra. Gesika reforça que há caminhos possíveis para o equilíbrio: limites de tempo de tela, momentos offline em família, atividades físicas e diálogos abertos ajudam a construir uma relação mais saudável com a tecnologia.
“O celular pode ser uma ferramenta incrível — desde que usado com sabedoria e afeto”, conclui.
Para saber mais sobre o trabalho da Dra. Gesika Amorim:
🌐 dragesikaamorim.com.br
📱 Instagram: @dragesikaautismo
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