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( votes)O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) informou ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que a Polícia Federal, a Polícia Militar e o Detran do Distrito Federal não participarão do desfile de 7 de setembro deste ano. A decisão, revelada após uma reunião no Palácio da Alvorada no último sábado, tem gerado discussões sobre o significado político da ausência das forças policiais na tradicional celebração.
A principal justificativa para a exclusão das forças policiais do desfile seria a intenção de reduzir a duração do evento. Entretanto, a notícia provocou um mal-estar e trouxe à tona especulações sobre o simbolismo por trás da decisão. Recentemente, a relação entre a Polícia Federal e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foi marcada por desentendimentos em relação à segurança pessoal de Lula.
Fontes próximas ao governo revelaram à nossa equipe que o presidente planeja um desfile cívico-militar que se destaque dos eventos políticos e partidários promovidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em anos anteriores. A ideia seria apresentar uma cerimônia que não carregue conotações partidárias, buscando marcar um contraponto à gestão anterior.
Houve contatos entre a equipe do Ministério da Defesa e a Secretaria de Comunicação da Presidência da República para esclarecer a situação e evitar mal-entendidos. O próprio ministro Múcio entrou em contato com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, para explicar a decisão tomada por Lula.
Em um esforço para se diferenciar da gestão anterior, assessores palacianos sugerem que Lula evite realizar discursos públicos durante o desfile, uma prática recorrente de Bolsonaro. O governo também avalia adotar um slogan que associe o feriado nacional a um sentimento de unidade entre os brasileiros.
O investimento estimado para a celebração, de acordo com contrato publicado no Diário Oficial da União (DOU), é de R$ 3,1 milhões. Essa quantia abrange o planejamento, coordenação, supervisão e execução da festividade. Comparativamente, no ano do Bicentenário da Independência (2022), a previsão da Secom foi de R$ 3,4 milhões, corrigidos pela inflação do período.
Com o edital aberto pelo governo petista para este ano, estima-se que a capacidade de público seja de cerca de 40 mil pessoas, com 30 mil acomodadas nas arquibancadas e 10 mil circulando nas proximidades do desfile. A decisão de Lula e o formato do evento continuam gerando debates sobre a interação entre o poder político e a celebração de um dos feriados mais significativos do Brasil.
Fonte: CNN.
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