User Review
( votes)O uso de cigarros eletrônicos entre crianças e adolescentes segue em crescimento acelerado. Um relatório divulgado pelo Department of Health and Social Care do Reino Unido mostrou que o número de jovens que vapeiam triplicou desde 2021, reacendendo o alerta de pais e educadores. Embora a venda de vapes para menores de 18 anos seja ilegal, isso não tem impedido que muitos adolescentes consigam acessar esses produtos — e, mais do que isso, encontrem formas cada vez mais criativas de escondê-los.
Em um estudo recente, Joe Tucker, COO da Provape, analisou 50 vídeos do TikTok que mostram maneiras de esconder vapes e pequenos objetos. O objetivo foi entender quais são os esconderijos mais usados por adolescentes e como essa prática está sendo disseminada nas redes.
Os esconderijos mais comuns, segundo o TikTok
A análise revelou locais que aparecem repetidamente nos vídeos, muitos deles compartilhados por jovens ensinando outros adolescentes a evitar que pais encontrem vapes no quarto. Os principais são:
- Dentro ou entre roupas não usadas (40%)
Hoodies largos, bolsos de casacos, meias e roupas empilhadas são citados como esconderijos eficientes. - Atrás de quadros, pôsteres ou telas (28%)
Em muitos vídeos, adolescentes mostram como colar o vape na parte interna de uma moldura para usar o “espaço morto” atrás do quadro. - Dentro do travesseiro ou fronha (22%)
- Em gavetas — colados na parte inferior ou escondidos atrás de objetos (20%)
- Debaixo do colchão ou dentro da estrutura da cama (20%)
Outros esconderijos criativos também aparecem com frequência:
dentro de sapatos, pelúcias, potes de caneta, caixas, vasos de plantas, frascos vazios de skincare, escovas ocas e até livros falsos.
O estudo mostrou ainda que alguns produtos vendidos ilegalmente online chegam a ser enviados dentro de objetos camuflados, como scrunchies lacradas ou embalagens que imitam maquiagens.
“Códigos” usados online para driblar plataformas
Além dos esconderijos, a análise revela que vendedores usam códigos para evitar a censura do TikTok. Termos como #elfbundles, #puffbars, #geekbar, #elfbar, além de hashtags de alerta como #discreetshipping, #hiddennic e #noID, são utilizadas para comercializar dispositivos como se fossem itens inofensivos.
Como conversar sobre vaping com seus filhos
Especialistas reforçam que, embora pais se sintam tentados a vasculhar o quarto dos filhos, essa estratégia pode gerar o efeito oposto: mais segredo, mais distância e mais risco.
Em vez disso, recomenda-se:
- Iniciar conversas de forma natural, usando notícias ou tendências como ponto de partida.
- Evitar acusações diretas. Pergunte o que seu filho acha da situação e escute sem julgar.
- Explicar os riscos com clareza, inclusive o impacto na saúde e a presença de nicotina.
- Criar um ambiente de confiança, em vez de imposição ou vigilância.
Segundo o relatório, 1 em cada 5 crianças já experimentou vaping. Por isso, abrir espaço para diálogo, sem ameaças, aumenta as chances de que adolescentes se sintam seguros para compartilhar dúvidas ou pedir ajuda.
Caso a prática já esteja presente, não existe fórmula garantida para fazê-los parar. Mas pais podem atuar fortalecendo autoestima, tomada de decisão e consciência crítica dos jovens — fatores que ajudam a reduzir riscos e promover escolhas mais saudáveis.
Créditos: https://provape.com/












Comente