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Marta Rhaulim e o apaixonante mundo da dublagem

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A cantora, dubladora, diretora e produtora brasileira Marta Rhaulim é daquelas pessoas viciadas em trabalho e apaixonada por tudo o que faz. Ela dirige o departamento de português e dublagem do estúdio Universal Cinergia, em Doral (cidade próxima a Miami), e, além de dirigir atores e dubladores, empresta a voz para grandes personagens de novelas, documentários, filmes e séries produzidos nos Estados Unidos e em outros países. Um desses personagens foi Eric Cartman, da animação para adultos “South Park”, que ela considera um dos trabalhos mais marcantes de sua carreira. A Acontece Magazine entrevistou Marta, que fala sobre a sua paixão pela profissão e detalhes curiosos do mundo da dublagem. Confira
Marta, como você iniciou o seu trabalho com a voz do personagem Eric Cartman, de “South Park”, e como foi essa experiência?
O “South Park” foi um casting muito seletivo na época da primeira temporada, em 1997, com produção da Locomotion. Eu fiz a audição para o personagem Kyle Broflovski e fui aprovada. Mas depois de dois meses, os produtores me procuraram e falaram que o cliente não tinha gostado das vozes escolhidas para o personagem Cartman e que gostariam que eu fizesse um teste de voz. Fiz o teste, me aprovaram e além da voz, também fui diretora artística em 15 temporadas do “South Park”.

Você não é mais a voz do Cartman. O que aconteceu para você deixar de fazer a dublagem e como isso repercutiu entre os fãs de “South Park”?
Nessa época eu gravava em um estúdio e parei de dirigir e gravar a animação porque não estava mais satisfeita com a qualidade do trabalho, coisa que sou extremamente exigente porque acredito que o público merece sempre o melhor. Hoje, recebo dezenas de mensagens diárias de fãs de todas as partes do Brasil pedindo a minha voz de volta. Não aceitam a voz atual, apesar da dubladora ser muito boa. Criaram inclusive um hashtag no Facebook, a #voltamartarhaulim. Eu acredito que o Cartman marcou muito, não só pela voz e personalidade, mas pelos “cacos” que eu criei para ele, que identificam demais o personagem.

Você acredita que voltará a fazer a voz do Cartman?
Se a Viacom entrar em contato comigo, com certeza, não só volto a dublar o personagem como também gostaria de atuar como diretora artística e trazer de volta o casting inicial. Não somente eu, como muitos bons dubladores que participaram por anos desse trabalho, também ficaram fora das ultimas temporadas.

Você também trabalhou em uma série da Netflix, que acaba de entrar no ar, dublando e interpretando a personagem da rainha Elizabeth. Como foi essa experiência?
Em primeiro lugar, fiz a direção de casting e artística de todo o projeto. A Netflix foi muito exigente quanto à qualidade de dublagem e ao casting. Tive que estudar muito bem o projeto para selecionar as vozes para aprovação. O trabalho foi em equipe, junto com todos meus excelentes atores. E fiquei feliz com o resultado final. Gosto muito de desafios e de dublar personagens marcantes, como o da rainha Elizabeth, mais uma grande experiência.

Que outros personagens você dublou e que marcaram a sua carreira?
Muitos! Fiz a Feiticeira, a Betty Boop, Jeannie é um Gênio, Krazy Kat, a personagem Mimi, de “Pet Shop”, e muitas vozes para filmes da Disney, entre muitos outros. Minha voz está em vários lugares!

Que dubladores brasileiros da sua equipe trabalharam em “South Park” e nesse novo projeto da Netflix?
Vários atores, como Alex Teixeira, Alex Correa, Alex Neto, Tonya Elizabeth, Cleber de Castro, Edna Maio, Lilian Paiva, Arnaldo Tavares, Lenny, Ewerton de Castro, Connie Rocha, Tina Roma, Ana Paula Apolonio, Mickael Lee Lebelot, Mickel Moraes, Rodrigo Paiva, Lilian Paiva, Roberta, Flavia, Carolina, Mariane Macedo Mariane Macedo, Carla Cardoso, Davi e Elizabeth Moretti, Phidias Barbosa, Danielle Merseguel, Bernardo Martins e Roberto Cola entre outros grandes profissionais da dublagem.

Além de dublar, dirigir, produzir, você também é cantora. Alguma novidade em mais essa faceta de Marta Rhaulim?
A música está no meu coração. Foram 30 anos de palco e muita história na minha carreira como cantora. Tenho saudade do público, dos meus fãs, mas estou muito comprometida e com muitos projetos na Universal Cinergia, lugar em que eu amo trabalhar. Muitas perspectivas para novos projetos no próximo ano. Recebi uma proposta do meu produtor, Alejandro Jaen, para gravar um CD acústico em espanhol. Amaria voltar a cantar, mas acho que não tenho tempo nesse momento. Quem sabe?

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