Clara Piquet: “Minha pintura retrata a riqueza e o brilho da nação brasileira”

A exuberância da artista Clara Piquet é contagiante. Apaixonada pela vida e dona de uma energia ímpar, a artista já era criativa e talentosa aos 12 anos, quando começava a pintar retratos.
Mineira de Teófilo Otomi, Clara é formada em Licenciatura em Desenho e Artes Plásticas pela Pontifícia Universidade Católica e transitou pelo mundo da publicidade em São Paulo, dirigindo a agência de Programação Visual, Marca – Estudos de Arte e Propaganda.
Dentre seus trabalhos como diretora de arte, foi diagramadora e arte-finalista da revista BR, voltando a Minas, seis anos depois. Em Belo Horizonte, já casada e com um filho, Clara lecionou no Colégio Santa Marcelina Teoria da Publicidade e Desenho de Publicidade, para o curso profissionalizante do 2º grau durante cinco anos (enquanto aumentava a família, agora com quatro filhos).
Em 1986, participou de um projeto ambicioso criado pela artista plástica Yara Tupynambá e patrocinado pela Lei Sarney de Incentivo à Cultura, o Atelier Brasil. Durante cinco anos um grupo de artistas mineiros se inspirava nas exuberantes flora e fauna brasileira, pintando peças em cerâmica e madeira que foram comercializadas também na Europa e nos Estados Unidos.
A artista inicia uma série de pinturas sobre os índios brasileiros, pesquisando através de livros, documentários e testemunhos de fotógrafos que convivem com eles.
Em cinco anos, Clara reúne 50 quadros representando toda expressão que se reflete na arte, segundo a crença de cada etnia.
Centrando sua temática no homem e na natureza, a artista acredita ter encontrado o caminho para aperfeiçoar sua arte, fonte inesgotável de prazer!
Clara desenvolveu um trabalho de pesquisa buscando retratar em suas telas a beleza do adorno tribal e da pintura corporal.
Através da pintura redimensionada por uma subjetiva visão poética, a artista utiliza movimento, luz e cor para acentuar uma nova via de acesso à realidade das nações indígenas brasileiras, contribuindo para que novas gerações possam se sensibilizar, pois ninguém preserva aquilo que não conhece ou não entende. “Minha pintura retrata a riqueza e o brilho da nação brasileira, carente de orgulho e de resgate pelo respeito ao cidadão brasileiro de todas as sociedades”, define a artista.

Por Jade Matarazzo – Foto: Cortesia/artista