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( votes)Na manhã desta segunda-feira, 26 de outubro, um ataque aéreo atingiu uma área ao norte de Idlib, na Síria. A mídia local relatou mais de 75 mortes e outros 135 feridos até agora. A área atacada é densamente povoada, situada próxima da fronteira entre a Síria e Turquia, que normalmente não apresenta conflito ativo. Muitos sírios fugiram para a região durante a última ofensiva militar, pensando que a violência não atingiria essa área.
A grande maioria dos feridos foi imediatamente transferida para dois hospitais, um dos quais é coadministrado pelo Médicos Sem Fronteiras (MSF). A equipe da ONG recebeu 11 vítimas, mas uma delas chegou ao hospital sem vida.
Horas após o incidente, os hospitais em Idlib ainda recebiam vítimas. Além da resposta em seu hospital coadministrado, o Médicos Sem Fronteiras doou um kit cirúrgico com capacidade para 50 cirurgias a outra unidade de saúde que atendeu 90 feridos.
“Os ataques aéreos no noroeste da Síria ainda ocorriam perto da linha de frente desde que o último cessar-fogo foi assinado em março de 2020”, explica Cristian Reynders, coordenador do projeto de MSF. “Mas o fato de que eles aumentaram de frequência nas últimas semanas e agora estão alcançando o que são consideradas áreas seguras da província de Idlib é preocupante.”
Essa recente escalada de violência, em uma região da Síria que acolhe mais de 1 milhão de pessoas deslocadas internamente, sobrecarrega ainda mais um sistema de saúde já afetado pela pandemia de COVID-19. “Há um verdadeiro sentido de emergência aqui, quer você olhe para o cenário humanitário, a emergência de saúde pública relacionada à COVID-19 ou a situação geral de conflito”, conclui Reynders. “A adição de todos esses elementos complica ainda mais o que já era uma situação desafiadora em Idlib.”
Foto: MSF
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