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( votes)Dr. Daniel Toledo, advogado especialista em direito internacional, explica que algumas modalidades além do EB-2 também podem ser modificadas
Na realidade pós pandemia dos Estados Unidos, há um grande problema relacionado ao desemprego e a falta de mão de obra para alguns setores. As empresas, que querem realizar contratações, não estão conseguindo devido ao fato de que muitos não querem voltar a trabalhar.
Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional, fundador da Toledo e Advogados Associados e sócio da LeeToledo PLLC, escritório de advocacia especializado em Direito Internacional com unidades no Brasil e Estados Unidos, explica que existem diversas teorias que exploram a causa dessa situação. “A principal delas é que as pessoas vêm sendo sustentadas pelos governos estaduais e federais por conta do período em que ocorreu a quarentena, visando evitar a contaminação pelo coronavírus. O auxílio governamental continua sendo proveitoso para muitos, que estão até mesmo vendendo seus carros para diminuir os custos fixos”, relata.
Outra teoria comentada pelo advogado é que as pessoas não voltam ao trabalho porque visam um salário mais alto. Mas para ele, essa não é a melhor forma de conseguir um aumento salarial, sendo que protestos e manifestações podem fazer mais sentido.
Ainda assim, a segunda teoria não anula a primeira, visto que esses indivíduos continuam subsistindo com ajuda do valor cedido pelo governo. Com base nessa situação alguns congressistas tiveram boas ideias para diminuir o problema com a baixa mão de obra, trabalhando diretamente nos processos de vistos para o país. Um deles é o EB-2, que regulamenta a entrada de profissionais altamente qualificados que façam parte de algum interesse nacional.
Dr. Daniel relata que os requisitos do visto EB-2 são válidos para todas as profissões, mesmo aquelas que não tem prioridade de contratação dentro dos Estados Unidos. “No formulário deste visto há uma série de descrições de profissões, sendo que existem diversas possibilidades de atividades para um único ofício. Um administrador de empresa, por exemplo, tem mais de 30 descrições, então existe uma grande margem de flexibilidade na decisão deste visto”, ele explica.
Além de tornar a situação burocrática, não implica que aquele profissional esteja realmente apto para o interesse nacional, uma vez que esse é um ponto subjetivo. Tendo em vista a oportunidade de conseguir a mão de obra, esses deputados chegaram a conclusão de que é necessário fazer um estudo a cada seis meses para informar quais são as profissões com maior demanda no país e a partir do momento em que as pessoas se enquadram nos requisitos do período, os profissionais teriam uma tramitação processual prioritária.
Devido a essa necessidade os processos tendem a ser analisados de forma mais rápida. Do contrário, a pesquisa para saber quais são as principais demandas de trabalho deixam de fazer sentido.
A proposta ainda está em análise no comitê, mas deve ser levada ao plenário nas próximas semanas. O advogado vê essa alteração como algo positivo, especialmente porque pode acelerar processos de visto e torná-los mais justo. “Considerando que essa é uma mudança que os Estados Unidos precisam fazer, após análises e alterações, algumas modalidades de visto além do EB-2 podem ser modificadas. Também é uma excelente notícia para todos os profissionais que desejam fazer a aplicação”, finaliza.
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