Vida e Saúde

Medo de dentista é coisa do passado!

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Imagina uma pessoa com medo de dentista, mas com muito,  muito medo mesmo. Essa pessoa sou eu, ou melhor, era eu. 

É  assim que Roberta Sandrini, com lágrimas nos olhos e, extremamente emocionada, começa sua história. 

Roberta, não é a única pessoa do planeta a ter todo esse pavor.  Segundo  os conselhos de odontologia do  Brasil, Estados Unidos, Espanha, Itália,  entre outros, cerca de 15% da população são pessoas odontofóbicas, ou seja, pessoas que por algum motivo tem medo ou pavor de dentista. 

No caso de Roberta, que hoje tem 44 anos,  o pavor começou quando tinha nove. Ela conta:

Eu  adorava brincar na rua do meu bairro com a molecada e, principalmente, andar a toda velocidade com meu patinete. Era um delícia aquela sensação de liberdade, tipo “Velozes e Furiosos”. E, assim como no filme não faltavam aqueles  acidentes malucos com capotagens e batidas. Só que no filme ninguém se machuca de verdade, enquanto eu, na vida real… 

Uma vez, descendo  a rua a milhão,  me distraí por segundos e acabei perdendo o controle do  patinete e acertando em cheio  um fusca que estava parado. O resultado, além de vários machucados pelo rosto, foi a perda irreparável de um dente da frente, que, literalmente, rachou na raiz.

O socorro foi rápido, demorado foi o conserto do dente. Oito horas com a boca aberta. Nunca mais esqueci tanto sofrimento e dor. Depois disso, quebrar o  mesmo dente, ou melhor, o que foi colocado no lugar dele  e ser levada na marra para o dentista virou rotina. 

Nas consultas periódicas, a cada seis meses,  inventava de tudo para não ir.  Só que naquela época, e até os 18 anos, quem mandava era minha mãe. Resultado, por mais que implorasse ou tentasse fugir , nunca conseguia e sempre acabava chorando, suando frio e  me tremendo toda na cadeira torturante do dentista. 

Uma situação que só mudou quando passei a  mandar em mim mesma. Não, eu não perdi o medo. Eu sumi de vez  do consultório, só aparecendo  em situações  extremas e, sempre antecedidas por muitas lagrimas, noites mal dormidas e cheias de pesadelos.

A verdade é que quando quebrei o dente nasceu em mim um pavor, um horror  ao dentista e  qualquer coisa que chegasse próxima da minha boca com o objetivo de mexer nos meus dentes. Só quem tem medo de dentista como eu sabe o que é sofrer e consegue entender o esforço que tive que fazer para me controlar e procurar um profissional quando fiquei grávida. Foi um caso extremo que me impediu de fugir.  Era a saúde do meu bebê que estava em jogo. Segundo o  médico, se meus dentes não estivessem saudáveis, bactérias poderiam viajar pela corrente sanguínea e ir da minha boca  até o  útero causando sérios problemas ao bebê.  

No dia da consulta a assistente segurou forte nas minhas mãos mas, não  para me acalmar,  para me  impedir de atrapalhar o dentista.

Quando minha filha completou dois anos fiz das tripas coração para ir com ela pela primeira vez ao dentista.  Fiquei até constrangida com a tranquilidade  dela durante os procedimentos. Não reclamou, não chorou. E, eu estava a ponto de desmaiar. A  tensão era tanta que a dentista, Dra. Karin Stamer  me chamou para conversar. 

Faz sete anos e a minha vida nunca mais foi a mesma.

Ela desenvolveu um jeito todo especial de atender pessoas com problemas semelhantes aos meus.  A diferença começa no consultório que parece a sala de estar da nossa casa. Foi a primeira vez que fui ouvida e meu medo respeitado. Ela cumpriu a promessa de  não me obrigar a sentar na cadeira de atendimento . Foram três horas só de conversa, sem pressa, sem críticas. Depois dessa vieram outras  até  eu aceitar abrir a boca para uma revisão e limpeza. Doutora Stamer usa técnicas de relaxamento com massagens com pedras quentes, cremes. Com isso, aos  poucos, fui  recuperando minha autoconfiança e nunca mais deixei de ir ao dentista.  Ah!  Hoje,   ela já tem  oxido nitroso (um gás incolor – que reduz a ansiedade e cujo efeito desaparece rapidamente ) no consultório para quando o procedimento é mais complicado.

A dentista, Dra. Karin Stamer, da Eclinic é formada há trinta anos pela Unip – Universidade Paulista e tem especializações nas Universidades de Michigan e Harvard nos Estados Unidos. Ela  explica que o medo sempre deve ser respeitado e,   que,  cada pessoa precisa ser tratada de forma específica pois os traumas desenvolvidos são diferentes em todos os sentidos.  Ela destaca que  – “O único ponto comum que as pessoas com odontofobia  tem  é a necessidade de se sentirem  acolhidas em um ambiente tranquilo que não tenha a dureza e o branco de um consultório tradicional.”  E, destaca que  “se sentir em casa, se sentir único”  já diminui de forma considerável o stress.  Segundo ela, existem pessoas que demoram mais de uma semana para ir da sala de visitas para a de relaxamento com massagem e aromaterapia   e, só depois de muita conversa conseguem chegar a sala de atendimento onde fones de ouvido e vídeos são usados para distrair o paciente que, antes de começar o tratamento, é familiarizado com cada equipamento para se sentir seguro quando da utilização de cada um deles.

Roberta Sandrini diz que com todos esses recursos ir ao dentista deixou de ser sofrimento e passou a ser o momento de relaxar e até de descansar do stress do dia a dia. E, para a Dra. Karin conseguir ajudar as pessoas a perder o medo é uma forma de medicina preventiva pois, a falta de cuidado com a saúde da boca   além de cáries e inflamação na gengiva  pode descompensar o diabetes, provocar pneumonia, artrite reumática, parto prematuro, câncer bucal e doenças no coração. 

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Saúde da boca  e a odontologia sistêmica?

Regulamentada pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), a odontologia sistêmica utiliza vários recursos disponíveis para analisar de forma ampla a relação da saúde da boca com o organismo avaliando o funcionamento do corpo como um todo.  

Com a saúde bucal em dia é possível controlar melhor :

Diabetes e evitar  gengivite, cáries e infecções orais, além de perda óssea ao redor dos dentes.

Osteoporose que  pode ser detectada em sua fase inicial  com o aparecimento de problemas  na mandíbula, dentes com mobilidade, retração ou  descolamento da gengiva.

Doenças cardiovasculares que  podem ser causadas por  bactérias presentes em dentes cariados ou nos tecidos que sustentam os dentes.    Levadas pela corrente  sanguínea, as bactérias podem chegar ao coração  aumentando as chances de doenças coronárias e riscos de derrame ou infarto.

Odontofobia  é a  ansiedade, medo, pânico de  todo o contexto que envolve a consulta com o cirurgião-dentista e, muitas vezes  está ligado a outras fobias, como a Aicmofobia – o medo de agulhas – ou a Latrofobia – o medo de médicos. Não há uma idade específica para que a odontofobia se manifeste na pessoa.

Roberta Sandrini

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