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Mais de mil pessoas se reúnem em Salvador para o Festival Negritudes

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A primeira edição do Festival Negritudes em Salvador reuniu mais de mil pessoas na Casa Baluarte, para um evento que celebrou a diversidade e a representatividade da cultura negra. A capital soteropolitana recebeu artistas, jornalistas e personalidades como Kleber Lucas, Zileide Silva, Gil do Vigor, Larissa Luz, Jéssica Ellen e Tia Má para debater temas essenciais como respeito às religiões, representatividade nas telas e bastidores, e educação antirracista. Para quem não pôde estar presente, o conteúdo do evento estará disponível no Globoplay.Foto: Fred Pontes/Divulgação

Abertura com Olodum e Orquestra Afrosinfônica

O evento teve início com uma apresentação vibrante do Olodum acompanhado pela Orquestra Afrosinfônica da Bahia, estabelecendo o tom de celebração e respeito à cultura afro-brasileira. Ronald Pessanha, líder do projeto, destacou o objetivo central do Festival Negritudes: colocar a presença negra no audiovisual no centro do debate. “Nossa primeira edição foi em 2020, apenas para criativos da Globo. Hoje, o projeto cresceu e se tornou multiplataforma, com ações no digital e festivais gratuitos abertos ao público em diversas cidades”, afirmou Pessanha.

Painel sobre Fé: Diálogo entre Religiões

O primeiro painel abordou o tema da fé, com contribuições significativas de figuras religiosas. O pastor evangélico Kleber Lucas e Ekedy Sinha, representante do Candomblé, enfatizaram a importância do respeito mútuo entre diferentes tradições religiosas. “Respeite meu amém, que eu respeito o seu axé,” destacou Kleber Lucas, enquanto Ekedy Sinha reforçou a importância dos terreiros como espaços de fé, saúde e educação.

Alrick Brown, diretor e professor de cinema e TV na NYU, trouxe uma perspectiva internacional ao evento. Lembrando a luta contra o racismo e a morte de George Floyd, Brown destacou a importância de contar histórias que permitam que todos, especialmente crianças negras, possam sonhar. “A indústria ainda é racista, mas nosso objetivo final é contar histórias e inspirar sonhos,” afirmou o cineasta.

A educação foi outro tema central, com discussões sobre a necessidade de incorporar conteúdos antirracistas nos currículos escolares. Vitalina Silva, professora baiana vencedora do Prêmio LED, destacou a importância de narrativas que valorizem a história e a identidade negra. “É preciso que todo menino preto tenha orgulho de sua história,” comentou Silva.

Representatividade na TV e no Cinema

Gabriel Jácome, diretor de gestão de conteúdo da Globo, falou sobre a brasilidade como fio condutor das narrativas da emissora. Ele destacou as iniciativas de produção de filmes fora do eixo Rio-São Paulo, que têm sido bem aceitos pelo público. “Temos oito produções projetadas para 2025, trazendo mais representatividade para a frente e para trás das telas,” afirmou Jácome.

O painel com o ator Amaury Lourenço, a poetisa e atriz Elisa Lucinda, e o líder sociocultural Valmir Boa Morte celebrou as narrativas orais e a ancestralidade como fontes de força e inspiração para a luta antirracista. “A lembrança dos avós e dos ancestrais é de extrema importância para nossas lutas tanto na vida quanto na arte,” disse Elisa Lucinda.

O festival foi encerrado com um show energético da cantora Larissa Luz, que contou com a participação especial de Tatau. O evento marcou uma celebração vibrante e significativa da cultura negra, reafirmando a importância de espaços de diálogo e representatividade.

Para quem quiser ver e rever os momentos do Festival Negritudes, o conteúdo estará disponível no Globoplay.

foto de:  galitskaya

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