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( votes)Você possivelmente deve saber que os árabes estão entre os grupos mais importantes para o comércio no Brasil. Quando chegaram ao território brasileiro, a maioria trabalhava como mascate, profissão em que um vendedor com uma mala cheia de mercadorias percorre ruas e estradas para vender seus produtos. Eles costumavam comercializar bijuterias, tecidos, roupas e lençóis. E por meio dessa atividade que tinha como objetivo vender tudo, trouxeram inovações para o consumo como as promoções e liquidações – técnicas ainda pouco exploradas naquele período.
Esses grupos prosperaram e muitos tornaram-se donos de comércios na região central de São Paulo. A maior parte fica no endereço da Rua 25 de Março – a rua popular de comércio da cidade que é também a data oficial que celebra o Dia da Comunidade Árabe no Brasil.
Historicamente o DNA desse povo está presente na composição de muitos outros. Se olharmos para o brasileiro médio, ele é formado por uma composição genética 61% europeia (principalmente da Península Ibérica – formada por Portugal e Espanha, conquistada pelos árabes por volta do ano 711); 20,5% africana (dominada pelos países do Oeste do continente, como Angola, Nigéria, Gâmbia, Gabão e Benin, com predomínio da população berbere e árabe que chegaram ao Norte do continente durante o processo de expansão do Islão, durante o século VII); 13,2% asiática (com predominância da costa Leste formada por Japão e pelas Coreias, e com etnia predominante árabe); e, por fim, 5,3% americana (das nações nativas do sul).
Essa é a conclusão de um levantamento realizado pelo meuDNA, healthtech que atua com mapeamento genético e que disponibilizou ao mercado brasileiro o Teste de Ancestralidade para que as pessoas possam responder com mais conhecimento de onde elas vieram. Ele identifica as variações genéticas espalhadas pelo DNA de cada pessoa e compara com as variações características de diferentes povos e informações catalogadas em um extenso banco de dados. Nele são consideradas 88 populações ao redor do mundo e é uma possibilidade do usuário experienciar a jornada do seu DNA até oito gerações anteriores, o equivalente aos bisavós dos tataravós.
E você? Sabe se possui ancestralidade árabe? Independente da porcentagem que seu DNA tem de influência dos povos dessa região por conta da miscigenação do mundo, explorar o passado e a cultura dessa nação pode ser um bom passatempo para ocupar a mente e a agenda em tempos de pandemia e isolamento social. Confira abaixo nossas dicas remotas para se conectar com as suas origens sem sair de casa:
Prepare pratos típicos
As comidas árabes são bastante populares entre os brasileiros: quibe, esfiha, tabule, beirute e coalhada seca são alguns dos alimentos que estão presentes no dia a dia de algumas casas brasileiras e no cardápio dos restaurantes pelo Brasil.
E que tal experimentar e preparar com a família a receita pedida pelo participante Caio, do BBB21? Após ganhar pela terceira vez uma das provas do programa, ele pediu um almoço árabe com quibe cru, quibe de forno e tabule, salada libanesa feita com trigo, tomate, cebola, salsa, hortelã e outras ervas, com suco de limão, pimenta e vários temperos. Todos pratos fáceis de preparar com ingredientes vendidos nos mercados brasileiros.
Invista também no Malabie, um manjar com geleia de damasco para sobremesa. Ou você pode também pedir todas essas delícias nas centenas de restaurantes típicos e redes de fast-food espalhados por todo o País.
Ouça as musicas árabes mais tocadas em 2020
Confira a lista das músicas árabes que mais fizeram sucesso em 2020, segundo Agência Nacional de Notícias Brasil-Árabe. No top 5 dessa parada musical estão:
-Bel Bont El-Areed, música romântica com batida egípcia e toque moderno, lançada em agosto pelo Hussein Al-Jasmi.
-Awelni Kalam é do cantor Tamer Honsy, do Egito. Ela foi lançada em novembro e tem sido uma das preferidas em reuniões de amigos e festas de casamentos.
-Amaken El-Sahar, da superestrela egípcia Amr Diab é um tributo romântico para Dina El-Sherbiny, que participou do clipe
-Han Al-An, com seu ritmo cativante, foi lançada pelo astro Adham Nabulsi, em novembro
-Aghar Aghar é um sucesso do iraquiano Mohammed Al-Salem, a música tem uma batida rápida, e foi muito tocada nas rádios árabes.
*Para ter conhecimento da lista completa, acesse: https://anba.com.br/as-musicas-arabes-que-fizeram-sucesso-em-2020/
Explore museus online
Desbrave a cultura árabe virtualmente por meio da plataforma do Google Arts & Culture, em que é possível fazer uma visita online em museus como o Tiraz, localizado em Amman, Jordânia, que possui um acervo de roupas em seus diversos tecidos e cortes. Além dele, existem mais 5 museus árabes para visitar online através dessa plataforma espalhados pela Espanha, Israel, Catar e Rússia.
Veja as obras de Benjamim Abrahão
O fotógrafo libanês-brasileiro Benjamim Abrahão Botto, foi importante pelos seus registros do cangaço, movimento de crimes e violências em quase todo sertão do Nordeste. Em 1934, ele filmou e fotografou o bando de cangaceiros liderados pelo Lampião Virgulino Ferreira.
Benjamim foi impedido de divulgar sua obra no período devido à censura pelo departamento de Propaganda do Rio de Janeiro, tendo suas fotografias apreendidas pela polícia do Governo Getúlio Vargas, que considerava uma afronta ao regime. E somente em 1950 sua obra foi divulgada e conhecida, muito tempo depois de seu assassinato, em 1938, em um caso de violência não resolvido até hoje.
Visite os Emirados Árabes do sofá
O que não pode ficar de fora desta exploração árabe são os pontos turísticos belíssimos que atraem viajantes de todos os cantos do mundo. Tais obras são a mistura entre a tradição, cultura, história e a modernidade. Ainda que no momento não dê para conhecê-los presencialmente, é possível se maravilhar com uma espiadinha nas fotos dos locais espalhadas pela internet.
Começando por Sheikh Grand Mosque, a maior mesquita do país localizada em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, revestida de mármore e com detalhes em ouro, cristais Swarovski e vidros de Murano. A obra pode ser vista de vários pontos da cidade, é cheia de mosaicos e até o piso é decorado. E no local está o tapete persa considerado o maior do mundo.
A cidade de Fujairah possui diversos fortes que foram construídos para desempenhar papéis significativos na luta contra a onda do colonialismo. Eles foram construídos com materiais locais, principalmente pedras, cascalho, lama, feno e reboco: Forte Fujairah, Forte Awhala, Forte Al Bithna, Montanha Hajar e o Castelo Al-Hayl.
Palácio dos Emirados, um hotel em Abu Dhabi, extremamente luxuoso considerado o terceiro hotel mais caro já construído no valor de 3 milhões de dólares, no interior é dominado por ouro, madrepérola e cristais e seus dois tapetes artesanais que ficam na parede e pesam uma tonelada cada. A cor do edifício visa refletir diferentes tons de areia encontrados no deserto da Arábi.
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