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( votes)Por mais que o fim do ano seja tradicionalmente marcado por fechamento de resultados, revisão de metas e planejamento para o ciclo seguinte, um tema ganha força entre empresas de alta performance: vale a pena contratar um CEO no último trimestre?
Segundo Fernando Poziomczyk, sócio da Wide Executive Search, essa decisão, embora incomum, pode representar uma vantagem competitiva significativa para organizações que têm clareza estratégica.
“Esse período é, justamente, quando se desenha o próximo ano, o que permite que o novo CEO entre preparado, alinhado às metas e imerso na cultura corporativa”, explica o especialista. A transição antes de janeiro oferece tempo para adaptação e entendimento das prioridades da companhia — garantindo que o novo líder inicie o ano pronto para executar.
Entretanto, Poziomczyk alerta para o desafio operacional: o processo seletivo para um C-Level exige tempo, dedicação e diagnóstico interno profundo. Executar essa movimentação às pressas pode comprometer tanto a escolha quanto o planejamento estratégico da empresa.
É por isso que a decisão deve partir de uma análise clara: por que substituir agora? Performance abaixo do esperado? Desalinhamento cultural? Incompatibilidade de gestão? Sem essa resposta, o risco aumenta — e o impacto pode ser sentido por toda a companhia.
A urgência também cresce diante de um dado revelador: apenas 35% das organizações selecionam sucessores alinhados às suas necessidades futuras, segundo estudo da Gartner. Isso significa que muitas trocas acontecem de forma reativa, não planejada.
“O melhor momento não está no calendário, mas na necessidade real da empresa”, afirma Poziomczyk. “Quando há tempo, há qualidade no processo, onboarding sólido e um início de ciclo mais saudável. Quando não há, o cuidado precisa ser ainda maior para evitar danos ao negócio.”
No fim, a mensagem é clara: a força de uma organização está em sua liderança, e contratar um CEO exige técnica, visão e timing — seja ele dezembro ou julho.
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