Vida e Saúde

Doença de Crohn: o inimigo invisível

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Entre dores crônicas, diagnósticos complexos e desafios diários, a Doença de Crohn expõe a urgência de informação, prevenção e novos caminhos para garantir qualidade de vida a milhares de brasileiros.

A Doença de Crohn é uma inflamação crônica do trato digestivo que pode se manifestar em qualquer parte do sistema, da boca ao ânus. Os sintomas variam de acordo com o grau e a localização da inflamação, mas os mais comuns incluem diarreia persistente, dores abdominais intensas, sangue nas fezes, febre e perda de peso inexplicada. Condições que transformam a rotina em um desafio constante, marcado por limitações sociais e emocionais.

Embora não exista cura, os avanços da medicina e a personalização dos tratamentos permitem que pacientes mantenham uma vida ativa e com mais bem-estar. “O tratamento busca muito mais do que controlar a doença: nosso objetivo é aliviar sintomas, reduzir inflamações, evitar complicações e devolver qualidade de vida ao paciente”, explica o cirurgião geral Dr. Ernesto Alarcon, especialista em videolaparoscopia.

O que causa a Doença de Crohn?

A origem exata ainda é um mistério, mas estudos científicos apontam para a combinação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais. Entre as causas mais associadas, destacam-se:

  • Hereditariedade: histórico familiar aumenta as chances de desenvolver a doença.
  • Sistema imunológico: respostas exageradas a infecções ou agressores no intestino podem causar inflamações severas.
  • Microbiota intestinal: desequilíbrios entre bactérias benéficas e prejudiciais afetam a defesa e a função intestinal.
  • Fatores ambientais: tabagismo, estresse, dietas pobres em fibras e ricas em gordura, uso de anti-inflamatórios e álcool em excesso estão entre os principais agravantes.

Caminhos para o tratamento

Cada paciente com Crohn vive uma trajetória única, e por isso o tratamento é sempre personalizado. As estratégias mais comuns incluem:

  • Medicamentos: corticoides, imunossupressores, anti-inflamatórios, antibióticos e medicamentos biológicos.
  • Nutrição adequada: dietas equilibradas em fibras, vitaminas e minerais podem ajudar no controle dos sintomas e prevenir complicações como a desnutrição. Em casos mais graves, pode ser necessária a nutrição enteral ou parenteral.
  • Cirurgia: indicada quando há complicações sérias, como obstruções ou fístulas. A remoção da parte afetada do intestino não cura a doença, mas pode proporcionar alívio significativo.

Uma luta diária e silenciosa

Por ser uma condição crônica, a Doença de Crohn alterna períodos de remissão e atividade, o que exige acompanhamento médico constante. Além disso, o impacto emocional é profundo: muitos pacientes enfrentam isolamento social, medo do preconceito e ansiedade diante das incertezas da doença.

Para o Dr. Ernesto, ampliar o debate público é fundamental: “A conscientização é tão importante quanto o tratamento. Precisamos enxergar os pacientes com Crohn não apenas como portadores de uma doença crônica, mas como pessoas que buscam viver plenamente, apesar dos desafios.”

O avanço da ciência, o apoio familiar e o fortalecimento de políticas de saúde são caminhos essenciais para que a luta contra esse “inimigo invisível” se torne menos solitária.

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