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( votes)A aposta em uma retomada econômica por meio de medidas que priorizem a baixa emissão de carbono é a iniciativa chamada de retomada verde. Países de diferentes continentes fomentam a discussão desde que a pandemia de COVID-19 impactou a economia global – ter uma agenda voltada para a preservação ambiental é o que tem sido discutido em debates econômicos.
Em diversos países, a energia solar vem ganhando cada vez mais espaço. Em um ranking realizado pela Irena (Agência Internacional de Energia Renovável), o Brasil foi classificação como o 8º país que mais emprega no setor da energia solar. No entanto, o dado não significa que o país caminhe para a preservação ambiental, aponta a advogada e mestre em Direito Ambiental Dra. Cristiana Nepomuceno de Sousa Soares.
“O aumento da geração de emprego não indica nenhum caminho para a preservação ambiental. Cada dia mais vejo o contrário – o meio ambiente ainda não é valorizado como deveria ser”, explica a especialista. Para a advogada, além de pensar no futuro do planeta, é possível idealizar ações rentáveis por meio do cuidado com a natureza.
Internacional
A retomada verde é pauta em países na Europa e Ásia. Fiscalização ambiental contra o desmatamento e queimadas são temas em frequente debate na agenda internacional. O Brasil tem ocupado um espaço de destaque com relação ao assunto, uma vez que o fogo consumiu mais de 1.500 milhão de hectares no Pantanal, segundo levantamento feito pela associação ambiental O Eco.
“Penso que a pandemia de COVID-19 reforçou em alguns a preocupação com a área ambiental e com a preservação. Entretanto, ao começar uma reabertura em relação às medidas de distanciamento social, vieram os incêndios e as queimadas. Ainda precisamos aprender muito”, pondera Dra. Cristiana.
Para a especialista, o Brasil não está no caminho da preservação ambiental, aliada ao um desenvolvimento econômico. Ainda segundo advogada, a retomada verde pouco avançou em termos de meio ambiente. “Em território brasileiro, a iniciativa me remete a uma utopia. E mesmo ao levar em consideração exemplos em outros países, o Brasil ainda não está nesse caminho”, finaliza Dra. Cristiana.
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